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São Gregório VII

O Imperador alemão Henrique IV aos pés de São Gregório VII

À direita da nave central da Catedral de Salerno (século XI) encontra-se a Capela dos Cruzados. Lá não mais comparecem os cruzados para fazer sua vigília de armas. Sob o altar de pedra tosca está o túmulo de São Gregório VII. Atualmente, quem visita o local percebe ali um ambiente de solidão, uma penumbra cheia de recolhimento, impregnada de oração. E a recordação do grande Papa, marco na História da Igreja e da Cristandade, inspirador de Cruzadas, suscita admiração e enlevo nos visitantes daquele abençoado lugar.

Da calma do mosteiro às lutas em Roma

Hildebrando — futuro Papa São Gregório VII — era monge na célebre abadia de Cluny, na França, na época em que São Hugo dirigia como abade esse extraordinário mosteiro, onde o espírito feudal encontrou seu pleno equilíbrio católico.

Em 1049, ali foi procurá-lo Mons. Brunon, Bispo de Toul, que havia sido nomeado Papa por seu parente, o Imperador Henrique III. Tal  método de designação de um Papa, ainda válido então, havia se tornado abusivo. Brunon, como Sumo Pontífice, adotou o nome de Leão IX. Levou o monge Hildebrando consigo para Roma e nomeou-o arquidiácono, primeira dignidade do Sacro Colégio de Cardeais e administrador da Santa Igreja. Iniciava-se assim um longo combate, de muitos anos de duração, daquele  que talvez tenha sido o maior dos Papas da História.

Filho de um pequeno proprietário de terras, Hildebrando nasceu na diocese de Soana, na Toscana, entre os anos de 1020 e 1025. Em 1045 entrou em cena ao ser nomeado capelão do Papa Gregório VI. O estado de decadência em que se encontrava a Igreja o fazia sofrer, ao mesmo tempo que aumentava sua disposição e seu ânimo para uma autêntica luta.

A esse propósito, assim escreveu o Abade São Hugo, de Cluny: “Gostaria de vos tornar compreensivas as tribulações que me acometem e os cuidados incessantes que me afligem cada vez mais. Pedi muitas vezes ao Divino Salvador que me tirasse deste mundo. Ou então, que me desse as graças para servir como devo à Santa Igreja. Vendo a Igreja do Oriente separada da Fé católica pelo espírito das trevas, sinto uma dor que não posso exprimir e uma profunda tristeza que invade minha alma. Procuro observar o Ocidente, o sul e o norte. Difícil encontrar alguns sacerdotes que chegaram ao episcopado pelas vias canônicas, levando vida conveniente e governando seu rebanho no espírito de caridade[…]. Entre os príncipes seculares, não conheço quem prefira a glória de Deus à sua própria glória, a justiça ao interesse. Romanos, lombardos e normandos, entre os quais vivo, são piores do que os judeus e pagãos[…]. Se não tivesse esperanças em melhores tempos e em ser útil à Igreja, não me conservaria mais tempo em Roma, onde estou, Deus o sabe, como preso há vinte anos, entre uma dor que se renova quotidianamente e uma esperança muito longínqua! Acometido por mil tempestades, minha vida é uma agonia continuada.”1

Contra investidura em cargos eclesiásticos

Um dos maiores perigos que naquele tempo a Igreja teve que enfrentar foi a chamada luta das investiduras. Na instituição feudal, a investidura consistia numa cerimônia durante a qual o senhor concedia simbolicamente o feudo ao vassalo. Neste ato, entregava-lhe um objeto simbólico: um punhado de terra do feudo e um ramo. No caso de serem terras eclesiásticas, entregava o báculo ou o anel. Em conseqüência, o vassalo ficava vestido do feudo que recebia, adquirindo sobre ele um direito que compartilhava com o senhor. Após a investidura, realizava-se o juramento de fidelidade e a homenagem do vassalo ao senhor.2

O problema se colocava nas grandes propriedades de terras que a Igreja possuía. Com efeito, durante séculos Ela havia recebido numerosas doações de terras. E os bispos e abades de toda a Europa administravam tais propriedades como grandes senhores feudais. Surgia, assim, o problema político da relação temporal entre o rei e o bispo ou o abade, como proprietário de terras. Era natural que o rei exigisse uma certa sujeição temporal do bispo, enquanto senhor de grandes domínios dentro do reino. Mas, pouco a pouco, para  assegurar essa fidelidade, os imperadores passaram a nomear leigos de sua confiança para os grandes feudos eclesiásticos. O imperador então osinvestia do anel e do báculo. Não apenas lhes outorgava a terra como feudo, mas também decidia quem seria sagrado bispo. Em vista disso, geralmente os candidatos às abadias e aos bispados não eram eclesiásticos, mas simples leigos, que pagavam ao imperador enormes somas pela investidura. A autoridade jurídica da Igreja sobre os clérigos assim nomeados se perdia, porque eles ficavam sujeitos à autoridade civil. A investidura laica tornou-se, pouco a pouco, um fato consumado que era necessário erradicar, sob pena de a Igreja perder sua independência.

E ainda, para piorar as coisas, os bispos assim nomeados pelo imperador pretendiam que seu cargo se transmitisse por herança à sua família. Para isso, procuravam ter descendência. E, em conseqüência, não respeitavam o celibato, que havia séculos já estabelecera na Igreja do Ocidente.

Foi a partir dos imperadores saxões e sálicos (Otos e Henriques, com exceção de Santo Henrique II) que o problema se tornou mais agudo. Roma passou a ser considerada apenas como uma diocese a mais.3

Vigoroso e autêntico reformador da Igreja

Campanários (séc. XI e XII) da famosa Abadia de Cluny, onde São Gregório VII foi monge

Desde sua chegada a Roma com o Papa São Leão IX, Hildebrando empenhou-se na luta com o máximo ardor, mas ao mesmo tempo com prudência cheia de sabedoria. Antes de enfrentar o imperador, era necessário reformar a hierarquia eclesiástica, infestada pela simonia (venda dos bens eclesiásticos) e pelo nicolaísmo (heresia que, ademais, sustentava que os sacerdotes poderiam se casar).

Muitos bispos sujeitaram-se às ordens procedentes dos chamados Papas gregorianos. Outros, porém, especialmente muitos alemães e da Lombardia (norte da Itália), resistiram violentamente, apoiando-se no imperador alemão, de quem recebiam as dioceses como feudo. Na Lombardia, convém ressaltar, o Papado encontrou heróicos colaboradores.

Em Milão, principal cidade da Lombardia, os católicos fervorosos organizaram uma associação combativa conhecida como Pataria. Dois de seus líderes foram santos, Santo Arialdo e Santo Eslembaldo, enquanto seu fundador, o Papa Alexandre II, foi o antecessor imediato do monge Hildebrando no trono pontifício. São Pedro Damião foi um dos maiores sustentáculos da Pataria.

Novo Papa impõe arduamente sua autoridade

Os momentos auges do enfrentamento do Papado contra os abusos paganizantes do Império coincidem com a ascensão de Hildebrando ao trono pontifício, em 1073. O novo Pontífice não tardou em dar um primeiro passo decisivo. No Concílio de Roma (Quaresma de 1074), o Papa decretou que todo simoníaco e todo nicolaíta seria excomungado se não renunciasse ao cargo ilegitimamente adquirido, ou à mulher com quem vivesse contrariamente à lei canônica. O clero alemão protestou e resistiu, enquanto Henrique IV por algum tempo simulou submeter-se. Em outro Concílio, no ano de 1075, o Papa excomungou vários bispos alemães. É durante este primeiro enfrentamento que a doutrina de São Gregório VII se define. O Papa escreve seu famoso Dictatus Papae, no qual estão resumidos os princípios da autoridade papal:

1– a Igreja é de origem divina;

2– o Papa tem todos os direitos sobre os bispos;

3– o Papa é o juiz de todos, não é julgado por ninguém. Ata e desata,pode desligar os vassalos do juramento de fidelidade feito a seus suseranos;

4– fica afirmada, pela primeira vez, a monarquia papal, a subordinação do poder civil ao pontifício em temas de doutrina e moral.

Enfrentamento com o Imperador Henrique IV

A crise produziu-se durante o reinado do tirânico Henrique IV. Este, já aos 25 anos, era um déspota cheio de vícios e odiado por seus vassalos. Além disso, havia-se entregado a todos os excessos no tráfico das dignidades eclesiásticas. Ao subir ao trono pontifício, em 1073, São Gregório VII já o havia advertido de que teria de reprimir seus excessos. Numa carta que havia escrito a Godofredo, um dos grandes senhores alemães, lemos: “Não cedo a ninguém em zelo pela glória presente e futura do imperador. E na primeira ocasião que tiver, hei de fazer-lhe admoestações caritativas e paternas. Se me atender, terei tanto júbilo pela sua salvação como pela minha própria. Se pagar com ódio o interesse que tenho por ele, Deus me livre da ameaça que Ele faz dizendo: ‘Maldito seja o homem que se recusa a banhar a espada em sangue!’”.

Henrique IV toma inteiramente partido dos bispos excomungados. Organiza um atentado contra São Gregório VII, nomeia um antipapa e, no conciliábulo de Worms, pretende destituir o Papa. Em 1076, o Santo Pontífice dá o golpe decisivo: depõe e excomunga Henrique IV com um anátema.

Era tal o prestígio do Papa, que toda a Alemanha e o Império voltaram-se contra o Imperador excomungado. Este vê-se forçado a pedir perdão. Segue-se então a famosa cena do castelo de Canossa, onde São Gregório VII, refugiado nos domínios da Condessa Matilde, obriga o péssimo Imperador a esperar três dias e três noites sob a neve, para ser recebido e lhe pedir perdão. Perdão que o Papa concede, contra sua vontade, pressionado por seus mais íntimos colaboradores.

Pois bem, apenas voltou ao poder, Henrique IV recomeçou a trair o Sumo Pontífice e a combatê-lo.

O Papa excomunga e depõe Henrique IV pela segunda vez em 1080. Mas, então, o imperador consegue manter-se no poder e se coloca contra Roma, nomeando um antipapa. São Gregório VII refugia-se no Castelo de Santo Ângelo, em Roma.

“Amei a justiça e odiei a iniqüidade”

Os normandos acodem a Roma para socorrer o Papa. Mas é um auxílio interesseiro, pois eles querem apoderar-se do Sumo Pontífice para antepô-lo ao Imperador. E comportam-se em Roma como invasores bárbaros. São Gregório VII retira-se com eles para Salermo, a fim de evitar piores males para a capital da Cristandade. Naquela cidade é mantido mais ou menos prisioneiro pelos normandos.

Afligido por aquela aparente derrota, após uma luta de toda sua vida, o Papa morre em 25 de maio de 1086, exclamando: “Amei a justiça e odiei a iniqüidade, por isso morro no exílio”. Estas palavras sublimes recordam-nos aquelas outras, divinas: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Talvez se possam aproximar ambas as expressões, porque é na aparente derrota de uma causa que se produzem as maiores vitórias.

Com efeito, menos de 30 anos depois, na Concordata de Worms, em 1122, os senhores feudais leigos e religiosos, impõem ao Imperador Henrique V, filho de Henrique IV, o abandono das investiduras do anel e do báculo, e também aceitar a liberdade das eleições canônicas. Em 1095, o Beato Urbano II, Papa gregoriano ardoroso defensor das reformas propugnadas por seu grande antecessor, convoca a Primeira Cruzada. Por fim, devemos recordar que Inocêncio III, no século XIII, que explicita a teoria das duas espadas (a espiritual e a temporal), continuador da obra de São Gregório VII, é considerado o Papa que levou o poder e a glória da Igreja ao seu ápice.

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Notas:

1– Cesar Cantù, História Universal, Editora das Américas, 1955, São Paulo, tomo XII, p. 401.

2– Ganshof, Que é o feudalismo, Publicações Europa–América, Lisboa,1959, p. 161.

3– Cfr. Geoffrey Barraclough, Studies in Medioeval History.

Artigo oferecido pela Revista Catolicismo

A Curva da História

Visão Panorâmica da História Universal.

Evolucionismo: A farsa de Charles Darwin

Descobertas científicas desmentem a teoria evolucionista, oposta ao Criacionismo.

Nossas escolas insistem em ensinar o Evolucionismo como um fato indiscutível

Desde as primeiras séries de nossos estudos vimos sendo familiarizados com uma explicação – no mínimo estranha – sobre a origem da vida: a teoria da evolução de Charles Darwin, soberana nos manuais de colégio.

No entanto, um grande número de escolas norte-americanas está excluindo de seus currículos o ensino do darwinismo. O motivo? Um fato certamente de pouca importância – e talvez por isso nunca seja mencionado no Brasil – : a evolução das espécies jamais foi provada cientificamente.

 Paleontologia: faltam evidências

São extraordinárias as falhas e incongruências da teoria darwiniana. Há muito, ela deixou de ser unânime entre os pesquisadores, pois carece de métodos científicos e vem sendo desmentida por vários ramos da ciência. A paleontologia é atualmente o principal argumento contra tal teoria.

Observando o documento fóssil, fica claro a existência de uma sucessão hierárquica das formas de vida ao longo do tempo. Quanto mais antigos os estratos fósseis, mais inferiores são as espécies da escala biológica.

Esse aumento da complexidade das formas de vida no decorrer da história é bastante utilizado pelos evolucionístas como uma argumento a favor de suas hipóteses. Coloca-se esses animais em seqüência e tem-se a impressão de que uns descendem dos outros, como se constituíssem um filão genealógico, desde as formas de vida mais simples, até as atuais.

Mas há um problema que não pode ser ignorado: se a evolução de uma ameba, ao longo da história, deu-se de modo a resultar em seres mais complexos até chegarmos à vastidão infindável de organismos que temos hoje, então seria imprescindível que tenham existido milhares de formas de transição dos seres, passando de uma espécie até se tornarem outra, sucessivamente.

No que dependesse de Darwin seria assim. Entretanto, nunca foram encontrados esses animais de transição ¾ os elos perdidos ¾ entre as espécies.

Essa descontinuidade no registro fóssil é tão contundente para o evolucionismo, que o próprio Darwin afirmou que “talvez fosse a objeção mais óbvia e mais séria” à sua teoria. A confirmação da hipótese evolucionista ficou condicionada ao encontro dos elos perdidos. Mas passaram-se dois séculos e ainda continuam perdidos.

Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, ou seja, o aparecimento de novos grupos de plantas e animais, isso ocorre como um estrondo, isto é abruptamente. Não há evidências de que haja ligações entre esses novos grupos e seus antecessores. Até porque, em alguns casos, esses animais estão separados por grandes intervalos de até mais de 100 milhões de anos.

O Dr. G. Sermont, especialista em genética dos microorganismos, diretor da Escola Internacional de Genética Geral e professor da Universidade de Peruggia e R. Fondi, professor de paleontologia da Universidade de Siena, no livro Dopo Darwin. Critica all’ evoluzionismo, afirmam nesse sentido que: “é se constrangido a reconhecer que os fósseis não dão mostras de fenômeno evolutivo nenhum… Cada vez que se estuda uma categoria qualquer de organismos e se acompanha sua história paleontológica… acaba-se sempre, mais cedo ou mais tarde, por encontrar uma repentina interrupção exatamente no ponto onde ¾ segundo a hipótese evolucionista ¾ deveríamos ter a conexão genealógica com uma cepa progenitora mais primitiva. A partir do momento em que isso acontece, sempre e sistematicamente, este fato não pode ser interpretado como algo secundário, antes deve ser considerado como um fenômeno primordial da natureza.”

O exemplo mais gritante de descontinuidade no registro fóssil é o que encontramos na passagem do Pré-Cambriano (primeira era geológica), para o Cambriano. No primeiro encontramos uma certa variedade de microorganismos: bactérias, algas azuis etc. Já no Cambriano, repentinamente, o que surge é uma infinidade de invertebrados, muito complexos: ouriços-do-mar, crustáceos, medusas, moluscos… Esse fenômeno é tão extraordinário que ficou conhecido como “explosão cambriana”.

Ora, se a evolução fosse uma realidade, o surgimento dessa vasta gama de espécies do Cambriano deveria imprescindivelmente estar precedida de uma série de formas de transição entre os seres unicelulares do Pré-Cambriano e os invertebrados do Cambriano. Nunca foi encontrado nada no registro fóssil. Esse é, aliás, um ponto que nenhum evolucionista ignora.

Outro fato é que os organismos sempre permanecem os mesmos, desde quando surgem, até a sua extinção e quando muito, apresentam variações dentro da própria espécie.

Ainda mesmo que um animal apresentasse características de dois grupos diferentes, não poderia ser tratado como um elo real enquanto os demais estágios intermediários não fossem descobertos.

A riqueza das informações fósseis vem servindo contra os postulados evolucionístas. Várias hipóteses de seqüências evolutivas foram descartadas ou modificadas, por se tratarem de alterações no registro fóssil (tal como a evolução do cavalo na América do Norte).

O próprio pai da paleontologia, o Barão de Couvier, vislumbrou, nessa sucessão hierárquica do dos seres vivos, ao invés de uma evolução, uma confirmação da idéia bíblica da criação sucessiva. As grandes durações da história geológica, que à primeira vista parecem favorecer as especulações dos evolucionístas, fornecem, muito pelo contrário, objeções.

Cabe lembrar que Santo Agostinho, analisando a criação em seis dias no Gênesis, tem o cuidado de não interpretar dia como intervalo de 24 horas. O Santo Doutor interpreta dia como sendo luz, luz dos anjostestemunhando a criação de Deus. Os seis dias falam de uma ordem na criação, e não propriamente de uma medida de tempo.

O mistério dos fósseis vivos.

Outra objeção à filogênese (evolução genealógica) é apresentada pelos fósseis vivos. Qual a razão que levou várias espécies, gêneros e famílias a atravessarem muitos “milhões de anos” (nas contas dos evolucionistas, é claro), sem sofrer o processo evolutivo que os evolucionístas gostariam de encontrar?

O celacanto é um peixe que aparece em estratos de 300 milhões de anos atrás. Conhecem-se fósseis desse peixe até em estratos do começo da era cenozóica, isto é, até 60 milhões de anos atrás. Pensava-se que o celacanto tivesse existido durante esse intervalo de tempo de 240 milhões de anos. Acontece que de 1938 para cá, vários espécimes, vivos e saudáveis, foram pescados no Oceano Índico.

Quer dizer: esse peixe atravessou 300 milhões de anos até nossos dias, enquanto que, de acordo com os evolucionístas, ao longo dessa duração houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos. (Obs: para o presente estudo, utilizamos a contagem de tempo hipotética dos evolucionistas. Sem que isso signifique uma adesão a esses números que buscam justificar a evolução).

Os foraminíferos e radiolários são seres unicelulares, cujas carapaças são responsáveis por grandes espessuras nas rochas sedimentárias. Os foraminíferos constituem uma das ordens biológicas que aparecem no Pré-Cambriano e que existe até hoje. Vários organismos se extinguiram ao longo do tempo que vai da era paleozóica superior a nossos dias.

Também fato científico estranho à Teoria. Porque esta faz remontar a origem dos animais pluricelulares aos animais unicelulares. Como explicar, então, que os foraminíferos e radiolários não se transformaram em animais pluricelulares, ao longo de tão dilatada história biológica? Grande mistério…

Seleção Natural: mecanismo anti-evolução

Alguém poderia perguntar: e a seleção natural, ocorre? Sim, ocorre. Mas não como Darwin a concebeu. Vejamos o famoso exemplo das mariposas da Inglaterra. Inicialmente elas tinham coloração clara. Acontece que a Revolução Industrial trouxe grande emissão de poluentes e os troncos das árvores ficaram mais escuros. Decorrido algum tempo, as mariposas teriam “evoluído”, tornando-se escuras.

Durante muito tempo, insistia-se que esse fosse um nítido caso de evolução. Mas o advento da genética mendeliana encarregou-se de negá-lo. Sabe-se hoje que, qualquer mudança nas características de uma espécie só ocorre por estar “contida” no seu material genético e a variação dar-se-á nos limites da carga genética dessa espécie, não passando disso. É o que aconteceu com as mariposas inglesas.

Elas eram claras e tornaram-se escuras porque em seu conjunto genético havia uma variação genética para a cor escura. As mariposas continuavam e continuam sendo mariposas. Assim como continuam a nascer mariposas claras.

Não houve, portanto, evolução. Na verdade, a seleção natural ocorre para que os seres permaneçam vivos em um meio ambiente cambiante. E à medida que possibilita a predominância das características mais vantajosas ou superiores em um determinado meio, torna os indivíduos mais parecidos e não mais diferentes. Portanto, não opera, uma diversificação. Ela trabalha como uma força conservadora.

Ademais, se a evolução existisse realmente, a seleção natural se encarregaria de barrar o seu processo, pois os seus mecanismos de atuação são antagônicos. Um ser vivo que desenvolvesse uma característica nova (patas, asas, olhos…) não se beneficiaria enquanto ela não estivesse absolutamente desenvolvida. Ao contrário, seria prejudicial. Por que a seleção natural iria favorecer um animal com um órgão em formação? Essa característica nova, além de não cumprir as funções da estrutura que a deu origem, ainda não desempenha a sua própria função porque ainda está em desenvolvimento.

Assim, pela teoria da evolução houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos e aves. Ora, um peixe que estivesse desenvolvendo características de anfíbios, patas por exemplo, nem nadaria e nem se locomoveria com destreza porque suas nadadeiras estariam se convertendo em patas. Pois bem, a seleção natural se encarregaria de eliminá-lo, por sua debilidade.

Golpe derradeiro: a genética

Quando ficou patente que a seleção natural por si só era incapaz de explicar o processo evolutivo as mutações foram escolhidas como uma tentativa de salvar a teoria evolucionista.

As mutações constituem a única hipótese potencialmente capaz de gerar uma característica nova. Entretanto, elas não ocorrem para adaptar o organismo ao ambiente e nem há condições de se saber o gene a sofrer mutações. É um processo absolutamente fortuito.

Erros de leitura do DNA – o que é realmente raríssimo – causam as mutações. A mutação só acontece se a alteração no DNA modificar o organismo. Em geral, esses erros não provocam nenhum resultado porque o código genético está engendrado de modo tão formidável, que torna neutras as mutações nocivas. Mas quando geram efeitos, eles são sempre negativos.

Com efeito, não há registro de mutações benéficas e a possibilidade delas existirem é tão reduzida que pode ser descartada. Em seres humanos, existem mais de 6 mil doenças genéticas catalogadas, por exemplo, melanoma maligno, hemofilia, alzheimer, anemia falciforme. Essas doenças – e grande parte das catalogadas – foram localizadas nos genes correspondentes. Assim se todas as mutações que as causaram fossem corrigidas, teríamos uma espécie de homem perfeito. Esse é, aliás, um indício de que esse homem perfeito tenha existido, como é ensinado no Gênesis.

A genética, ao invés de corroborar a hipótese evolucionista, desacreditou-a ainda mais. Atestou a impossibilidade de que um organismo deixe de ser ele mesmo. As famosas experiências do biólogo T. Morgam com a mosca da fruta (geralmente citadas em manuais escolares) elucidam muito bem essa questão: As mutações, em geral, mostram deterioração, desgaste ou desaparecimento geral de certos órgãos; nunca desenvolvem um órgão ou função nova; a maioria provoca alterações em caracteres secundários tais como cor dos olhos e pelos, sendo que, quando provocavam maiores modificações, eram sempre letais; os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um desenvolvimento realmente valioso na organização normal, em ambientes normais, são desconhecidos.

Darwin fraudou

E se a realidade não colabora, pior para ela, diria Darwin. Os escândalos sobre falsificações foram uma constante na história do evolucionismo. O próprio pai da teoria fraudou. No seu livro “As expressões das emoções no homem e nos animais” foi utilizada uma série de fotografias forjadas a fim de comprovar suas hipóteses.

E ainda recentemente foi descoberto mais um embuste: o archeoraptor. Com uma imaginação bem apurada, muitos aclamavam esse achado como sendo a ligação entre as atuais aves e os dinossauros. Não passava de uma mistura mal-ajambrada de peças de diversos fósseis.

O evolucionismo não é científico!

Estamos diante de um fato insólito na história da ciência. A teoria da evolução, de Darwin a nossos dias, não só não se confirmou, mas se tornou cada vez mais insustentável. Entretanto, ela continua sendo defendida e propalada como verdadeiro dogma. É uma vaca sagrada contra a qual ninguém tem o direito de discordar, apesar de seu inteiro despropósito.

Porque tanta insistência? Haverá por detrás disso uma segunda intenção de seus propugnadores (ou pelo menos de uma parte deles)? Engels dá-nos uma pista numa de suas cartas a Marx: “o Darwin que estou lendo agora é magnífico. A teologia não estava destruída em algumas de suas partes, e agora isso acaba de acontecer”.

Reside nisso toda a questão. Aceita-se o evolucionismo para não se aceitar a Deus. Desde a sua origem, essa teoria esteve impulsionada mais pelo desejo de prover o ateísmo de fundamento científico, do que em encontrar a origem das espécies.

Atribuir ao acaso toda a ordem perfeita e harmônica do universo é um inteiro disparate. O cientista que toma essa atitude joga para trás todos os parâmetros científicos (em nome dos quais ele fala)e lança mão de argumentos filosóficos que a própria ciência já desmentiu.

É impossível admitir o acaso como resposta para um fenômeno tão manifestamente racional como é o finalismo presente na organização do mundo. Mesmo Darwin sabia o quanto eram absurdas as suas formulações, e admitiu a que fins elas serviam: “estou consciente de que me encontro num atoleiro sem a menor esperança de saída. Não posso crer que o mundo, tal como vemos, seja resultado do acaso, e, no entanto, não posso considerar cada coisa separada como desígnio divino.”

Por tudo isso é que a teoria da evolução não pode reclamar para si a denominação de científica. A obstinação e a atitude de seus adeptos demonstram que o evolucionismo consiste em um movimento filosófico e religioso.

É uma concepção do universo para a qual nada mais é estável, tudo está sujeito a um eterno fluir. E mais ainda, tudo quanto há na vida social, desde o direito até a religião, foi fruto da evolução, inclusive a idéia de Deus.

Essa teoria se espalhou para todos os campos do conhecimento, sobretudo nas ciências humanas. E seus resultados foram funestos, não só para a pesquisa, mas também no campo prático, basta lembrar que ela serviu de  fundamento para as mais mortais concepções de  Estado que já existiram: o comunismo e o nazismo.

O evolucionismo funciona como fundamento do relativismo contemporâneo. Fato esse , aliás, o único capaz de explicar o porque de se defendê-lo com tanta contumácia, pois, uma vez derrubado este  bastião, não há nada que justifique a ideologia relativista, nem na ciência e nem no senso comum das pessoas.

Enfim, encerramos mencionando a Quinta Via de Santo Tomás de Aquino, em que o Doutor Angélico lembra que a teleologia (fim inteligente) presente em todo o universo reclama a necessidade de Deus. “Vemos que algumas coisas, como os corpos naturais, carentes de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou freqüentemente do mesmo modo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, assim como a seta é dirigida pelo arqueiro, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas a coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.”

Terceira Via: Centro radical ou etapa avançada do marxismo?

“Apresentada como alternativa entre direita e esquerda, a Terceira Via ruma de fato para a fase mais adiantada da revolução marxista”

Igualitarismo – a religião que o século XX adotou

Na majestosa galeria dos séculos que se foram, o século atual vai figurar como “o igualitário”

Desarmamento: Imobilização dos homens honestos

 

Se for aprovado o Projeto de lei enviado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional, serão vulnerados Mandamentos do Decálogo e princípios da própria Lei natural.

Reforma Agrária no Brasil: Fracasso reconhecido e teimosamente sustentado

A imprensa vem alardeando o fracasso da Reforma Agrária, admitido até por conhecidos esquerdistas, como o agrônomo Francisco Graziano.

A Criminalidade: Etapa avançada do Comunismo

“Quatro dedos sujos e feios”: O impressionante artigo que se segue foi escrito em 1983 e é mais atual do que nunca. O artigo prevê a expansão da criminalidade como uma etapa do “Processo Revolucionário” que se seguiria ao fracasso do comunismo no campo político (prevendo, desta forma, a “queda do Muro de Berlim”).

Porto Alegre – Davos: Cidades-símbolo da manobra anti-Civilização Cristã

Após quatro Internacionais de trabalhadores de cunho socialista, parece estar surgindo em Porto Alegre uma quinta, com uma carga revolucionária e igualitária mais radical do que a das Internacionais anteriores.

O Ancien Régime

Não conhece a doçura de viver, quem não viveu na França antes de 1789!(Talleyrand)