A Tomada da Bastilha

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A queda da Bastilha, 14 de julho de 1789, foi Apenas a primeira mentira da Revolução Francesa.

A Bastilha era uma bela fortaleza medieval. Hoje faria o encanto dos milhares de visitantes que, na Europa, fazem fila para conhecer castelos de outrora.

É por volta de 1380 que ela começa a proteger Paris. Desde o inicio de sua existência até 14 de julho de 1789, seu ultimo dia – talvez o mais glorioso de todos – ela inspirou confiança aos parisienses.

Ha muito era ela a mais pacifica das prisões. Limpa, bem decorada: os condenados que quisessem podiam mudar-se para lá com seus criados e móveis. O governador, geralmente nobre de boa educação, tinha o hábito de convidar os presos à sua mesa. Aqueles que tinham cozinheiro próprio retribuíam a amabilidade pelo gosto da boa companhia e da conversa: falava-se sobretudo de filosofia e de negócios de Estado.

Tão pacifica era ela que os carcereiros eram geralmente inválidos de guerra: alguns sem braço, outros com perna de pau. Ninguém pensava em fugir. Quando no fatídico 14 de julho de 1789 foi traiçoeiramente invadida, ela encarcerava apenas sete prisioneiros. Era de fazer inveja à nossas prisões super lotadas nas quais os motins e as condições de vida desumanas ceifam tantas vidas.

Quem eram esses sete prisioneiros? Quatro falsários, notórios na praça; um jovem tarado sexual cuja família pedira ao Rei sua detenção; e dois loucos.

Como se deu sua tomada? À aproximação dos invasores o governador Launay desarmou a guarnição e os convidou a parlamentar. Durante as tratativas,  Launay e seus homens foram trucidados. Sua cabeça posta na ponta de um varapau e conduzida pelas ruas de Paris. Dois soldados inválidos são enforcados e um terceiro tem as mãos decepadas. Era a primeira vez que a Bastilha via tanta atrocidade.

Este era apenas o primeiro ato de uma Revolução cujas conseqüências se estendem dramaticamente até nossos dias.

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