Saiba como refutar a objeção dos protestantes sobre a validade do Batismo das crianças e a respeito do Batismo por imersão.
Cônego José Luiz Villac |
Perguntas: Gostaria que o Sr. respondesse:
— Os protestantes acham que o Batismo das crianças não tem validade por serem crianças e por não ser Batismo por imersão. Como refutá-los?
— Por que hoje em dia não se batiza mais por imersão, como São João batizava e como Cristo foi batizado?
Resposta: No que se refere à validade do Batismo das crianças, já respondemos a essa questão na última edição de Catolicismo.
Quanto ao Batismo ministrado por São João Batista, ao qual também se submeteu Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda não era o Sacramento do Batismo, tal como o conhecemos hoje, e que foi instituído pelo mesmo Nosso Senhor algum tempo depois de ter sido batizado por São João.
O Batismo de João era um rito penitencial, preparatório e prefigurativo do verdadeiro Batismo. O próprio Batista é explícito quanto a esse ponto: “Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas Aquele que virá depois de mim …. vos batizará no Espírito Santo e em fogo” (São Mateus 3,11; São Marcos 1,8; São Lucas 3,16).
E os Apóstolos, depois de Pentecostes, batizavam todos os convertidos, sem perguntar se já haviam recebido o Batismo de João (Atos 2,38), o que não fariam se fosse o mesmo Batismo.
Seja como for, embora se possa deduzir que o Batismo de João tivesse sido por imersão, este fato não torna obrigatório que fosse realizado sempre dessa maneira o Batismo instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Tampouco está afirmado no Novo Testamento que os Apóstolos e os discípulos batizavam sempre por imersão.
Pelo que, se alguém quiser encontrar esse dado na Bíblia (como pretendem tê-lo feito os protestantes), de fato, em vão o procurará.
Já é mais difícil admitir que as três mil pessoas batizadas pelos Apóstolos no dia de Pentecostes (Atos 2,41), o tenham sido todas por imersão, parecendo mais plausível a administração do Sacramento mediante aspersão.
É ainda menos provável, dadas as circunstâncias de tempo e lugar, ter sido por imersão o Batismo noturno conferido por São Paulo, na prisão,ao carcereiro da cidade de Filipos e a toda sua família (Atos 16,33), podendo supor-se que tenha sido, com maior probabilidade, por infusão. O próprio Batismo de São Paulo por Ananias, na casa de um certo Judas (Atos 9,18; 22,16), é difícil imaginar que tenha sido por imersão.
Pelos testemunhos da Tradição (que os protestantes não aceitam, e com isso ficam muitas vezes sem saída), sabe-se que os três modos — por infusão, imersão ou aspersão — eram empregados na Igreja primitiva, de acordo com as circunstâncias.
Vejamos o que a tal respeito diz a Didaqué, também conhecida comoDoutrina do Senhor através dos doze Apóstolos aos gentios ou, simplesmente, Doutrina dos Apóstolos. É um escrito que data de fins do século 1º de nossa era; portanto, bem próximo aos livros do Novo Testamento. Trata-se do mais antigo manual de religião ou catecismo da comunidade cristã primeva de que se tem conhecimento.
Ali se ensina a respeito do modo de batizar: “Quanto ao batismo, procedam assim: depois de ditas todas essas coisas [isto é, de instruídos os catecúmenos na doutrina cristã], batizem em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Se não se tem água corrente, batize em qualquer outra água; se não puder batizar em água fria, faça-o em água quente. Na falta de uma e outra, derrame três vezes água sobre a cabeça [do neófito], em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.(Didaqué, VII — Tradução, introdução e notas: Pe. Ivo Storniolo-Euclides Martins Balancin, Ed. Paulus, São Paulo, 1989, p. 19).
Como se vê, já no século 1º — ou seja, quando ainda viviam muitos dos discípulos dos Apóstolos — praticava-se o Batismo também por infusão, isto é, derramando água sobre a cabeça do neófito.
É certo que o rito da imersão era comum na Antiguidade, conforme se pode constatar pelos documentos da época e pelos próprios batistérios, construídos precisamente para tal fim. Porém não era exclusivo, sendo praticados também os outros ritos.
Aos poucos, na Igreja latina, o Batismo por infusão foi-se generalizando, por razões diversas, entre as quais a decência, pois a prática da imersão estava sujeita a abusos, sobretudo em relação às mulheres. Outra razão era a dignidade do próprio Sacramento, pois nem sempre era possível praticar a imersão sem os inconvenientes do prosaísmo inerente a ela (basta ver o caso de certas seitas protestantes que batizam em rios, lagoas ou mesmo piscinas).
No Oriente, entre os católicos, o Batismo por imersão continuou a prevalecer até nossos dias.
Quanto à aspersão, embora em teoria seja válido o Batismo assim conferido, e conste que tenha sido empregada, nunca chegou a ser uma prática generalizada na Igreja. Isto pelo risco de que a água lançada com as mãos, com o hissopo ou com ramos não atinja o corpo das pessoas e escorra por ele, mas apenas lhes molhe as roupas, o que tornaria inválido o Sacramento.
Pois, como explicamos em número anterior desta revista, o rito do Batismo consiste numa ablução externa do corpo com água, sob a invocação expressa das pessoas da Santíssima Trindade. A palavraablução significa o ato de lavar. Assim, o Batismo, simbolicamente, lava a pessoa, limpa-a, purifica-a.
Portanto, o essencial é que a água realmente toque o corpo da pessoa e escorra por ele, como acontece quando alguém é lavado. E isto se obtém por qualquer dos três modos praticados: infusão, imersão ou aspersão, embora esta tenha os inconvenientes acima apontados.
Em outras palavras, o Batismo por infusão já era conhecido e praticado desde os primeiros séculos, sendo feito desse modo, conforme as necessidades das circunstâncias, o que sucedia com bastante freqüência. Pois como se podia imergir inteiramente na água um pobre homem doente, quiçá prestes a morrer? De que maneira um mártir, mantido em uma estreita prisão, teria podido achar água suficiente para imergir seus guardas, ou seu carcereiro, que se convertiam ao ver seus milagres ou ao contemplar sua capacidade de sofrer e valor?…
Em conclusão: a Bíblia geralmente não descreve o modo como batizavam os Apóstolos e os discípulos. E também não diz que o modo era sempre o mesmo. Podem fazer-se apenas conjecturas a partir do texto sagrado; porém, não é válido qualquer coisa com toda a certeza, a respeito do assunto. Pelo testemunho da Tradição, sabe-se que na Igreja primitiva, conforme o ensinamento dos Apóstolos, usavam-se as três formas acima referidas (infusão, imersão e aspersão).
Assim, carece de fundamento a objeção de certos protestantes (como os Batistas), que negam validade ao Batismo que não seja por imersão.
(Fonte: Revista Catolicismo, Novembro/1997)
O problema é que somente a Igreja Católica estava lá e viu como os apóstolos faziam. Sua tradição vêm de dessa época. Não adianta agora, uma pessoa qualquer ler a Bíblia e concluir que não se deve batizar crianças. De onde vem esse conhecimento? De onde essa pessoa tirou autoridade e conhecimento para fazer essa objeção? A Bíblia pertence à Igreja Católica pois foi compilada e mantida por ela por séculos. Todo protestante que crê na Bíblia, crê na Igreja Católica e não percebe. Se a Igreja Católica é tão errada, não deveriam dar crédito à Bíblia também. Todo protestante deve ser mantido na ignorância da história da humanidade por que se tiverem esse conhecimento, vão entender melhor de onde vêm suas crenças.
Olá amigos
Boa noite
Um recem-nascido pode ser batizado pois o mesmo tem fé e ninguém pode ser salvo sem a fé. Um recem-nascido não tem consciência que é um ser pessoal, no entanto o mesmo é um ser pessoal, então o fato de não saber ou ter o discernimento que é um ser pessoal não significa que não seja então mesmo o recem-nascido não sabendo que tem a fé mas o mesmo tem. Existe já dentro do ser dentro do ventre dois aspectos um bom e outra mal. O mal conforme Salmo 58:3 que advém do pecado original e o bom conforme Mateus 21:16 é o resultado da fé na verdade existe algo como uma luta interna no ser. Tanto o corpo quanto a alma e o espírito vão gradativamente se desenvolvendo no ser humano e em algum momento o mesmo terá o discernimento para saber que ele tem fé e o que significa o batismo, mas para ser batizado é necessário ter a fé e não apenas o discernimento.É obvio que quando ser tiver o discernimento ai sim deverá usá-lo. Até onde eu sei o principal argumento contra o batismo infantil é que o ser não tem fé por isso é necessário se fazer a distinção entre a fé e o discernimento.
um grande abraço
Luiz
Olá, César, tudo bem?
Infelizmente esse erro é comum: achar que a igreja católica apostólica romana (icar) que vemos hoje estava desde o começo, desde os primórdios do cristianismo. Veja que Israel sempre esteve em Israel, mas Paulo faz uma diferenciação quanto ao Israel nação e o Israel de Deus. Logo, é possível que a Igreja de Cristo estivesse desde o princípio sim, como você defende, mas não necessariamente que seja a Icar.
Pela sua nomenclatura já se desconfia: Romana.
Enfim, a Igreja de Cristo sempre esteve presente, desde os apóstolos (óbivo), porém nela foram se chegando adeptos não convertidos e tentando colocar suas crenças e costumes e tradições, coisas que os próprios apóstolos combateram em seu tempo.
Com a Reforma Protestante houve um resgate. A Igreja de Cristo se desvencilhou das tradições que a ofuscavam. Veja o contexto da Reforma: doutrina do purgatório (desmentida recentemente pelo Papa Bento XVI – explicando, ele, ser o purgatório um fogo interior que purifica no caminho rumo a eternidade – o que ilegitima as orações por essas almas e o pagamento das…) … indulgências, etc. A tradição falava alto em detrimento das Escrituras.
A Icar ab-rogar pra si a presença desde antes dos escritos Neotestamentários é errado.
A Icar surge com Constantino e sua proibição de perseguição aos cristãos e posteriormente o reconhecimento da doutrina cristã como oficial do Império ROMANO. Houve um crescimento explosivo de adeptos (sim adeptos) e poucos convertidos às Escrituras de fato, corromperam o entendimento das Escrituras e deu no que deu. A reforma veio resgatar a forma do que havia se deformado.
Discordando com respeito. Fique em paz.
Jesus em uma de suas parábolas dissertava sobre quem era maior no reinos do céus então pegou uma criança no colo e falou: “se não se converterdes e não vos fizerdes como meninos de modo algum entrareis no reino dos céus”.(Mat. 18:3).Em outra oportunidade jesus fala: “Deixai os meninos, e não estorveis de vir a mim; porque dos tais e o reino dos céus.”(Mat. 19:14). o Batismo de João era de arrependimento para remissão dos pecados conforme consta em Marcos 1:4,5. Então amados conforme o próprio Cristo falou a criança e um ser puro inocente e dos tais é o reino dos céus pois nos céus não entra pecado irmãos e Marcos fala que loão pregava o batismo do arrependimento, para remissão dos pecados e todos eram batizados confessando seus pecados. Então irmãos como uma criança pode ser batizada para remissão dos pecados se dela já e o reinos céus e no mesmo livro de Marcos(16:15,16)Jesus o nosso messias já ressuscitado falou aos apóstolos para ir pregar o evangelho e todo aquele que crer, (que crer!), e for batizado sera salvo. como uma criança pode crer? E ser salva se o próprio cristo falou que elas pela sua inocência e pureza estavam salvas. Amados o Profeta oséias(4:6) fala: “O meu povo foi destruído,porque lhe faltou o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei para que não sejais sacerdote diante de min;visto que te esquecestes da lei do teu Deus também eu me esquecerei dos teus filhos.” Vamos examinar as escrituras comoo rei Davi de dia e de noite e não so comer da boca de lideres os quais devemos ter respeitos mas são homens e todo homen e falho. CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ. QUE A PAZ DE DEUS ESTEJA COM TODOS!
Não teria sentido batizar as crianças para redenção dos pecados, se o batismo estiver fundado no BATISMO DE JOÃO, que era penitencial, renovável e não definitivo, porque todo ano se realizada para purgar os pecados individuais do povo.
O protestantismo é judaizando, e portanto, enfatiza o batismo de João.
Detalhe, o batismo praticado por João era essênio, ou seja, além de não batizar crianças, também não batizada mulheres, pela crença de que essas não tinham alma.
Era um batismo apenas para homens adultos.
Ocorre que a JESUS encerrou o batismo de João, e não como crêem os evangélicos, que Cristo veio “confirmar” esse batismo.
Isso fica bem claro no episódio:
João Diz: Eu preciso me batizar contigo, e você vem a mim?
Cristo responde; Convém que fique assim, POR ENQUANTO.”
João diz: Eu os batismo com água para arrependimento dos pecados, mas virá quem os batize com fogo, e pelo Espírito Santo.”
Nota-se, que ambos os personagens estão concordes, que o batismo de João, por meio de Cristo, foi encerrado.
João fala
Já o catolicismo, o batismo é o símbolo da nova aliança, que antes era formalizada pela CIRCUNCISÃO, mas agora, PELO BATISMO.
A antiga aliança era com os judeus e a nova com todos nós.
A velha aliança tinha como símbolo a circuncisão, que abrangida apenas homens e crianças do sexo masculino. Já a nova aliança, se não abranger crianças, seria inferior a antiga.( II Cor, 3 e Rom. 6,4 e 3,5 etc)
Olá amigos
Bom dia
O argumento que os recém-nascidos não podem serem batizados pois não tem fé é questionável pois um recem -nascido não tem discernimento ainda que é um ser pessoal no entanto o mesmo é um ser pessoal. Ademais existe uma distinção entre ter fé e ter a discernimento para poder através do livre – arbítrio crer. Os recém -nascidos já tem fé apenas não tem ainda o discernimento que virá gradativamento com o próprio desenvolvimento tanto do corpo quanto do aspecto interior. Uma outra coisa é que para ser salvo é necessário ter fé logo os recém-nascidos tem fé inerente e esta fé “luta” dentro do ser humano contra o pecado original então existe uma luta entre a fé inerente dentro do recém-nascido e o pecado original herdado logo o batismo infantil é biblíco.
Um abraço
Luiz
http://www.cacp.org.br/a-circuncisao-foi-substituida-pelo-batismo/
Nao ha base biblica para batismo de crianças.Isso e´invençao de homens e suas doutrinas anti cristas. A criança deve crere para ser batizada.A fé e a ujeicao a cristo antecede o batismo.A Criança nao tem ideia de que ´e pecadora e necessita de batismo.
Prezado Junior,
Por favor leia todo o artigo antes de colocar comentários como esse. No artigo está cheio de citações bíblicas. Aliás, me diga por favor qual a “base biblica” para dizer que: “A criança deve crere(sic!) para ser batizada.A fé e a ujeicao(sic!) a cristo antecede o batismo.”. Onde diz isso na bíblia? Qual a passagem?
Vou ficar esperando…
Aliás, acho melhor não perder tempo pois você não achará essa passagem.
Sugiro ler também este outro artigo:
http://www.lepanto.com.br/catolicismo/doutrina-catolica/os-sete-sacramentos-e-o-batismo-de-criancas/
Atenciosamente,
Gabriel Ferreira
Também não há base bíblica para não se batizar criança.
Então, aplica-se os escólios da tradição.