Manobra para enganar o brasileiro autêntico?

manifestaçao-lava-jato-15-marco-620x349Segundo o portal de notícias Último Segundo, do dia 23/03/2015, os partidos políticos da base do governo serão investigados por estarem envolvidos no planejamento do esquema de arrecadação de propinas na Petrobras entre 2004 e 2012. Diz a reportagem:

“(…) cumpre registrar que foi também requerida a instauração de inquérito próprio, para apurar (…) o denominado núcleo político do esquema criminoso perpetrado junto à PETROBRAS. (…) Assim, o processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos, notadamente com utilização de agremiações partidárias, no âmbito do esquema criminoso perpetrado junto à PETROBRAS, será objeto de investigação apartada”, afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Os partidos a serem investigados serão o PP, PT e PMDB.

Para o desembargador aposentado Walter Fanganiello Maierovitch, especialista no assunto, se realmente os indícios do envolvimento desses partidos na Lava Jato forem comprovados, o país estará diante de uma das formas mais criativas de lavagem de dinheiro e que isso poderá provocar o maior abalo no sistema eleitoral de toda a história da república.

“Há semelhança entre o que está sendo investigado no Brasil e o que houve na Itália com a Operação Mãos Limpas. Lá, quando se provou que o sistema político estava corrompido, para evitar uma decisão judicial, os partidos se extinguiram”, disse Maierovitch. Ele também admite que, no Brasil, os partidos poderão usar da situação para se refundarem.

Não será essa uma manobra – fechar e refundar o partido – para livrar o PT e congêneres da insatisfação geral da opinião pública brasileira, manifestada inequivocamente no último dia 15 de março último?

Estariam eles subestimando a inteligência do nosso povo, fingindo não ver o real Descontentamento do Brasil profundo?

A propósito, sugiro a leitura de trechos do discurso de Plinio Corrêa de Oliveira pelas vítimas do comunismo no aniversário da Revolução Russa, em 17/10/1978.

“Por este comparecimento, pelo brilho desta solenidade eu vejo afirmada mais uma vez uma convicção que eu tenho há muito tempo e é que a respeito do Brasil os comunistas se enganam. Eles tem talvez a impressão de que eles poderão tomar conta facilmente do Brasil e não é verdade. Há pujanças anticomunistas no Brasil muito maiores do que eles supõem e das quais os senhores são uma expressão. Uma expressão local, paulista, paulistana, de um fato imenso que se extende – para usar um hino das congregações marianas – “Do prata ao Amazonas, da serra às cordilheiras”.

“Realmente meus caros, o nosso povo é um povo muito inteligente, é um povo ao mesmo tempo muito cordato e muito pacífico, que tem no mais alto grau o senso da improvisação, e que muitas vezes vê vir de longe o perigo, e o vê chegar com o olho manso, com atitudes displicentes, com a cara despreocupada de quem não vê. Por causa disso dá a impressão de que nada fará, mas quando esse povo se sente de fato a ameaçado, ele sabe levantar-se como um só homem e sabe dar o revide à agressão comunista.

“Nós vimos isso em 1964, mas eu estou certo que por mais que se fale da Revolução de 64 e injustamente como nós acabamos de aqui ouvir, a fibra brasileira é a mesma e talvez o Brasil ainda seja mais anticomunista do que outrora. […]

“Eu não posso me esquecer a noite em que eu estava no Rio de Janeiro, noite em que a neblina levantada do mar cercava a estátua de Cristo Redentor no Corcovado, não posso me esquecer. Tinha os olhos fixados para aquilo: durante algum tempo era apenas um foco de luz no qual eu não discernia nada; em determinado momento, batia o vento, fazia-se um pouco de claridade, eu percebia um dos braços e uma das mãos do Cristo Redentor, iluminado com aquela luminosidade especial, que a pedra sabão de que é revestido o monumento absorve a luz que sobre ele se projeta.

“Pouco depois o vento batia e era a face do Cristo Redentor que aparecia, era o seu peito onde pulsa o seu Sagrado Coração, mais adiante eram os seus pés divinos que todos nós gostaríamos de oscular, mas eu prestava atenção… prestava atenção… Em nenhum momento, por mais densas que fossem as névoas, a luz deixava de encontrar um certo ponto de apoio no monumento, de maneira que apenas sendo uma luz fixa sobre uma silhueta ou sobre uma mão que protege, uma mão que abençoa, um coração que palpita de amor, ou uma face que contempla com solicitude, em nenhum momento a neblina conseguiu apagar a figura do Redentor.”

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