O conhecido e estimado comerciante José Garcia, de 60 anos de idade, escrevera na vitrina de sua loja, em Puebla (México) “Viva Cristo Rei.”Ninguém ousara molestá-lo por isso, até que, em julho de 1926, passando por ali o general callista Amaya, deu com a inscrição que ele detestava. Vê-la e saltar do cavalo foi um instante. Entrou na loja de revolver em punho e exigiu que aqueles dizeres fossem apagados imediatamente.
Nunca! – respondeu o comerciante. – Esta casa é minha e aqui posso expor o que eu quiser.
Preso no mesmo instante, pouco depois era sentenciado a morte sem processo algum. Conta-se que, antes de dar ao carrasco a ordem de matá-lo, o general Amaya voltou-se para José Garcia e, escarnecendo-o, disse:
– Veremos, agora como os católicos sabem morrer.
– Morremos assim – replicou Garcia – beijando o Crucifixo e apertando-o ao peito com ternura. Voltando para o general, acrescentou: – Eu vos perdôo.
Varado de balas, caiu de braços abertos, erguendo para o Céu o Crucifixo, que ainda segurava na mão direita. Na vitrina de sua casa podia-se ler: “Só Deus não morre, e jamais morrerá!”
(TESOURO DE EXEMPLOS – vol. 11 – Ed. Vozes Ltda., Petrópolis, RJ –Pe. Francisco Alves, C. SS. R – 2ª. edição – 1960, p. 194).
N.B.: Roguemos diariamente para termos a virtude, como José Garcia, se tivermos a graça de ser mártires.