Dentro da música existem três elementos fundamentais: a harmonia, o ritmo e a melodia. Os três formam uma maravilha sem tamanho; um verdadeiro reflexo do belo, que é Deus.
Sabe-se que dentro da Igreja, foi o lugar onde se desenvolveu toda a complexidade da música ocidental.
Mozart não existiria se Guido d’Arezzo, Papa São Gregório Magno e Boécio não houvessem iniciado os estudos musicais de forma mais ampla.
A música como algo complexo de ser entendido por se tratar de uma arte quase que inteiramente abstrata, está trelada com diversos campos de estudos – a matemática e a física são dois exemplos notáveis.
Por este motivo se desenvolveram estudos musicais dentro das chamadas “sete artes liberais” no período da Escolástica.
Sendo a música um dos “ligamentos intelectuais” dentro dessas “sete artes liberais”, ela pode nos ensinar algo valiosíssimo neste mundo de trevas que é a idade contemporânea.
Relacionando em certo sentido a música tonal com a ordem da tranquilidade, poderíamos dar como resultado uma sociedade imensamente produtiva, evoluída e boa.
Isso porque a música tonal conta com uma hierarquização extrema dos acordes, o que por fim acaba resultando em um som totalmente agradável.
Essa sonoridade verdadeiramente harmônica deveria ser o modelo de uma nação ordenada; hierarquizada e que trabalhasse em prol do bem-estar de seu povo.
Metaforicamente falando os acordes são as diversas organizações que trabalham para que a sociedade possua um ritmo, sendo esse a forma pela qual ela caminha.
A soma desses dois fatores resultam por fim no triunfo tão almejado que é a melodia.
O grande problema do mundo atual é a negação do belo, do verdadeiro e da ordem. Por esses motivos que hoje muitos pensam em um sociedade totalmente igual que por fim não demonstra produtividade alguma.
O igualitarismo é como a “música” atonal. Sempre tocada de forma desordenada causando um desconforto imenso pelo som horripilante.
O som horripilante equivale ao terror do ocidente; o socialismo.
O resgate de valores esquecidos
Como diz Jérôme Drucos, “Recuemos ao passado, sim, para melhor avançar, e veremos dentro de alguns anos que aquilo que aos olhos de alguns ainda aparenta ser uma involução será finalmente reconhecido pelo que é: uma revolução”.
A harmonia que uma sociedade precisa não é, em sentido algum, igualitária, pois é a desigualdade e somente ela a grande produtora.
Na música modal do canto gregoriano, do mundo medieval, não existe essa “hierarquização extrema dos acordes”.
Se não existe hierarquização de acordes no canto gregoriano não existe canto gregoriano.