Pelo direito de nascer

Aquele dia amanhecera, provavelmente, sob a temperatura de uns 9ºC. Convenhamos, não é tão frio assim, porém, já é o suficiente para fazer até mesmo nossos amigos esquimós colocarem ao menos um cachecol.

O céu estava tão cinza que a cor azul até parecia ter sido banida da face da terra. Esperar chuva para o resto do dia era otimismo. Aquilo anunciava uma tempestade.

Logo cedo, os primeiros pingos de chuva se misturavam com o pó da terra formando pequenos redutos de água ao longo do percurso. Mas não durou muito. Eis que o Sol nos mostra seu caloroso sorriso, caloroso e efêmero porque, horas depois, as nuvens reconquistaram seu território.

Não, não estou escrevendo nenhum romance, conto, fábula ou seja lá o que for. Narro fatos reais.

Foi assim que despertou, em Curitiba, o dia 15 de setembro, sábado último, dia da Manifestação pela Vida, evento promovido pela arquidiocese em conjunto com outras organizações interconfessionais.

O objetivo do evento era pedir ao supremo que não descriminalizasse um ato tão hediondo como o é o ato do aborto.

E, apesar, das desanimadoras condições climáticas, milhares de pessoas, entre católicos e protestantes, heroicamente estiveram presente no importante lance em defesa da vida.

Nem mesmo a chuva foi capaz de dispersá-los.

Pais, mães, crianças, idosos, adolescentes, pessoas de todas as idades e condições sociais estavam manifestando sua rejeição ao aborto. Famílias inteiras compareceram ao ato.

Creio que a partir desse fato, duas lições poderíamos tirar: uma para os nossos governantes, outra para os corajosos defensores da vida.

Aos governantes, fica claro o fato de que, faça sol ou faça chuva, o Brasil, representado ali naquela capital do Paraná, rejeita o nefasto crime de aborto; reconhece o direito que cada ser humano tem à vida desde a concepção; rejeita quaisquer leis que violem as leis naturais e divinas e quer ver os valores que professam respeitados e defendidos por aqueles que têm as rédeas do Estado nas mãos.

Aos combatentes do dia 15 de setembro, tiremos das adversidades climáticas lições que sirvam para nossa jornada em defesa da vida: por mais que tudo prenuncie que uma tempestade cairá sobre nós – tempestade esta que pode vir sob a forma de calúnias,

represarias e até mesmo agressões – jamais devemos recuar nesta caminhada. “Omnia possum in eo qui me confortat”. Com o auxilio da graça divina, as vidas inocentes não serão vítimas da cultura da morte que ameaça nosso Brasil.

Que Nossa Senhora da Doce Esperança, padroeira dos nascituros, proteja nossas crianças desse mal que as ameaça.

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