A desigualdade social

Liberté, Egalité, Fraternité

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O lema principal da Revolução Francesa foi “Liberté, Egalité, Fraternité” e hoje com o advento da revolução cultural proposta por diversos teóricos marxistas, propaga-se com veemência debates nos setores acadêmicos a respeito da luta pela igualdade social.

Nega-se na atualidade uma verdade irrefutável e inabalável até mesmo pela mais ampla e complexa teoria socioeconômica.

É necessária a conformidade de que a sociedade por natureza sempre será desigual. Isso em verdade, não precisa ser afirmado por ninguém. É um raciocínio óbvio e claro conforme a lei natural.

Nenhuma sociedade é verdadeiramente saudável distribuída igualmente. Existe algo intrinsecamente ligada à natureza do homem que comprova tal afirmação.

O fato de se saber que um homem é menor que outro e que a natureza é harmonicamente desigual, refuta qualquer teoria que diz respeito à igualdade de classes.

Quando se luta contra a ordem estabelecida pela própria natureza, luta-se contra o que é fisicamente e metafisicamente correto. As duas são coisas impossíveis de serem quebradas – tão impossíveis de serem quebradas como a força da gravidade, por exemplo.

Portanto, a sociedade é harmonicamente desigual. Um exemplo dessa desigualdade harmônica é a própria economia.

Muito se fala que a desigualdade social equivale à pobreza, coisa que entra em contradição se for afirmado que a igualdade social é igual à riqueza.

Para um indivíduo enriquecer ele necessita de outro para dar mão de obra a ele, e sem esse indivíduo disposto a oferecer uma oportunidade de mão de obra nem o pobre pode possuir algo.

Isso se deve ao fato de que necessariamente para que uma economia sadia cresça, ela necessita da mão de obra do pobre. E somente dessa forma o pobre pode aumentar sua renda.

A grande problematização dos que defendem o igualitarismo é referente à pobreza. O argumento principal é: usar métodos de redistribuição de renda para que todos possuam uma renda mínima.

O primeiro ponto a ser analisado é de que a própria redistribuição de renda é algo errado. Além de quebrar uma Lei de Deus – 7º mandamento -, pressupõe o confisco à propriedade, uma vez que ela toma aquilo que é de alguém para dar a outro.

Se formos analisar pelo ponto de vista do estrago que a redistribuição de renda pode causar em um país, a situação fica cada vez pior.

No Brasil com a vitória dos sociais-democratas em 1988, instauraram-se diversos programas de redistribuição de renda pelo país.

Hoje o resultado é visto por todos.

É necessário acima de tudo analisar ponto por ponto. Para enriquecer é necessária a multiplicação dos bens, não a divisão.

O melhor exemplo dessa riqueza é a multiplicação dos peixes feita por Nosso Senhor Jesus Cristo enquanto vivo. É inclusive um argumento usado por comunistas para dizer que Nosso Senhor foi o primeiro socialista do mundo.

A grande questão é que eles não percebem que foi feita uma multiplicação, não uma divisão, e essa multiplicação é uma coisa que comunista nenhum sabe fazer e jamais saberá, pois só se enriquece multiplicando, e o governo comunista não prospera em sentido algum – a não ser confiscando países.

Algo que não deve ser uma alavanca para a utopia igualitária é a pobreza que existe de fato. Isso não é algo que deve ser corrigido confiscando a renda de todos. É necessário sobre tudo o fortalecimento do mercado, assim, o pobre terá mais acesso ao trabalho.

Getúlio Vargas após a revolução de 1930, que iniciou a Era Vargas

É preciso fazer uma análise profunda de todas as instituições públicas e privadas e políticas de auxílio à população carente para detectar e acabar com todos os abusos que estão sendo feitos delas.

Se o governo quiser se tornar o “Pai de todos” e suprir todas as necessidades das pessoas de forma indiscriminada não só esgotará todos os seus recursos como só piorará ao inimaginável o problema.

Criará gerações e gerações de pessoas totalmente dependentes do Estado e destruirá a vontade e força de trabalho da população; a arrecadação pública será cada vez menor e, forçosamente, os impostos terão que aumentar progressivamente até o absurdo para manter todas as regalias dadas ao povo.

É absolutamente necessário que haja homens dotados de posses; em caso contrário, existirão mais pobres do que já existem, e não haverá cidadão à altura de socorrer o seu próximo. Porém, o grande problema hoje em dia, é que o Estado não permite isso.

Se todo o dinheiro existente neste país fosse amanhã sequestrado de seus proprietários, acumulado num depósito comum e, a seguir, redistribuído, em porções iguais, a cada um dos habitantes da região, estaria depois de amanhã em piores condições do que amanhã.

Se todos os cidadãos recebessem igual porção de bens, os que hoje estão bem colocados ficariam em posição pouco melhor do que a de uma pessoa pobre de hoje.

Doutro lado, aqueles que hoje são mendigos, apesar do que lhes sobreviesse mediante essa nova repartição de bens, não seriam colocados em situação multo melhor do que a de um pobre de hoje.

Aconteceria, em todo caso que muitos daqueles que hoje são ricos, se viessem a possuir apenas bens móveis – dinheiro -, se tornariam pobres para o resto da vida.

São Thomas More

Como uma bola de neve o Estado se endividaria e o País seria conduzido à destruição em todos os sentidos, e conforme diz Tomas More, ao invés de ajudar uns prejudicaria todos.

A única solução é combater o Estado Totalitário e promover a Subsidiariedade, que quer dizer, que a instância superior só entra onde as menores não têm natural capacidade para agir.

É necessário também incentivar a que cada indivíduo dê o máximo de si para sustento próprio e da Nação, e só entrar com auxílios estatais onde a situação é realmente grave.

O auxílio também não pode ser duradouro; apenas para evitar o pior e para colocar as pessoas em condições de tão logo quanto possível se manterem sozinhas.

A harmonia que enriquece a sociedade é a própria desigualdade, assim como em uma música, não se faz combinações harmônicas de forma igual, o que por fim, enriquece a composição. É por isso que Beethoven e Mozart são duas das maiores figuras da música erudita.

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Técnico de logística pela ETEC Lauro Gomes e membro "de jure" do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira

2 COMENTÁRIOS

  1. Bom o texto do Kaique (na realidade nem sei quem é), mas merece alguma complementção.
    A Revolução Francesa foi a primeira intentona comunista, como este na URSS faliu depois de algumas décadas apenas. A Rev. Frances praticamente nasceu morta.
    Na natureza tudo é desuniforme ou desigual, O QUE IGUALA TUDO É, ENTRETANTO, A EXISTÊNCIA DE LEIS. Um motorista e seu carro é diferente de outro, mas no trânsito o que os igual é a existência de leis, que quando transgredida, SOFRE A PUNIÇÃO (ou deveria) PREVISTA NA PRÓPRIA LEI.
    O texto está certo em mencionar que na natureza não há igualdade, mas EXISTEM LEIS, que tanto valem para uma formiga, como a um leão ou ao próprio homem. Este cria suas próprias leis, que deveriam ser subordinadas às da natureza, quando isso não ocorre, entramos nas barbaridades de governos corruptos, incompetentes etc., COMO ACONTECE NO BRASIL
    arioba

    • Eu parto do princípio de que a maior parte das coisas físicas e metafísicas são desiguais. Confesso que existem coisas que são iguais, mas lei não iguala tudo. Por exemplo, um rei não pode ser julgado como qualquer cidadão, justamente pela sua hierarquia ele deve ser tratado como tal, até porque a hierarquia é natural. Outro exemplo seria o sacerdócio; um padre não pode ser julgado pela legislação civil como um cidadão qualquer, isso porque ele é um padre.
      No sentido de que um crime é um crime e todos devem ser julgados por cometê-lo isto deve ser igual. Acredito que se o Sr. diz que as leis deveriam se basear na natureza então elas não deveriam ser iguais, porque a natureza é desigual.

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