Muito se discute atualmente a respeito do estatuto do desarmamento, e isso se deve ao crescimento progressivo do pensamento conservador no Brasil – acredito que no mundo também.

O armamento civil como meio de defesa é uma opção aceitável, e que deveria ser facilitada tanto no acesso quanto na compra, uma vez que é natural o direito das pessoas portarem armas.

E sendo uma via de defesa para o cidadão de bem causa imenso terror aos revolucionários do “circulo interno” – os que realmente sabem o que acontece fora dos bastidores políticos.

O pavor de todo revolucionário na verdade é sempre a defesa do cidadão de bem, pois é por meio da remoção desse direito que se nasce ditaduras. Isso fica ainda mais claro se formos analisar o processo histórico de diversos países que sofreram ou que sofrem com ditaduras.

Um exemplo que refuta o discurso comunista – vulgo discurso “anti-fascista” – a respeito do nazismo é o próprio desarmamento. Adolf Hitler para dominar o poder na Alemanha e dominar acima de tudo a população tomou um impulso muito perspicaz ao adotar o desarmamento civil.

O motivo disso tudo é muito simples: um povo desarmado é refém de tiranos.

A lógica é muito óbvia: nos lugares onde existe o desarmamento existem muito mais homicídios. Se for analisada a quantidade de homicídios em países com rankings mais altos de IDH, notar-se-á que os dados são menores. E justamente eles não adotam o estatuto do desarmamento.

Ao contrário deles se nota que na maior parte dos países que possuem maior índice de violência os mesmos são desarmamentistas.

Muitos ditos pacifistas, adoradores da “new left”, e até alguns protestantes se impressionam com essa onda conservadora que se posiciona contra o desarmamento. Impressiona-os mais ainda quando é relacionado a posição da Igreja; que sempre foi contra a violência e nunca se colocou favorável as armas. Certo? Errado!

A Igreja como redentora da verdade e, portanto precursora da lei natural, sempre foi a favor do porte de armas.

Exemplos dessa afirmação se notam dentro das Sagradas Escrituras, na história do catolicismo e na vida de diversos Santos e nobres admirabilíssimos pela Igreja.

Em um artigo já escrito na Lepanto, no ano de 2008, foi esclarecido o conceito de legítima defesa:

“Quem se detiver na análise cuidadosa da Lei de Deus, verá surgir dela maravilhas de coerência que interpenetram e harmonizam realidades que, à primeira vista, poderiam parecer conflitantes. Assim, os V, VI, VII, IX e X Mandamentos, definindo direitos e obrigações referentes à vida, à estrutura familiar e à propriedade privada, estruturam a legitimidade de toda a ordem social e a harmonizam com os interesses individuais. Com efeito – data vênia insistimos em aspectos já referidos aqui – os VI e IX Mandamentos (“Não pecar contra a castidade” e “Não desejar a mulher do próximo”) defendem a instituição da família; já o VII e X (“Não roubar” e “Não cobiçar as coisas alheias”) defendem a propriedade privada; e o V Mandamento (“Não matar”) regula as obrigações perante a vida: procura evitar a morte, a doença e assegurar as condições de sobrevivência e de segurança. Por essas rápidas considerações constata-se facilmente que os conceitos de vida, de família e propriedade são correlatos entre si. Pois a propriedade é condição da viabilidade da instituição familiar e de sustentação da vida; esta, por sua vez, tem como meio normal próprio de ser gerada e de pleno desenvolvimento, a família.”

Será difícil aceitar que os próprios mandamentos defendem a legítima defesa? Parece que sim. E além de uma parcela de esquerda, uma parcela protestante também não aceita.

A Guerra Cristera, a Guerra da Vandeia, as históricas Cruzadas, as batalhas marítimas católicas, será que não foram exemplos também? Bem, segundo os pacifistas não. Pois foram erros.

Talvez os Santos? São Gabriel Possenti, o Imperador Carlos da Áustria – beatificado há alguns anos -, os inúmeros Papas que defenderam o armamento em Encíclicas, Santo Profeta Elias que matou 450 satanistas e centenas de outros Santos podem ser exemplos? Ainda não.

Bem, que tal as próprias Escrituras?? “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” (Mateus 10, 34-39); venda a sua capa e compre espada.” (Lucas 22, 36);

“E tendo feito um azorrague de cordas, expulsou a todos do templo” (João 2, 15); “E como não tinha espada na mão, correu ao filisteu, subiu-lhe em cima, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça” (1 Samuel 17, 50-51)…

Poderia se citar inúmeras passagens onde a defesa da ordem social é contextualizada.

O direito da legítima defesa, o armamento civil e até mesmo o conceito de guerra justa se tornam conceitos legítimos de acordo com a história da Igreja e das Sagradas Escrituras.

É possível contrariar os mandamentos, a Bíblia, milhares de Santos e doutores da Igreja, e até o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo? Não. Mas apesar de todas essas provas, a esquerda e os desarmamentistas contrariam.

 

 

 

Artigo anteriorJeans que não é preciso lavar e tribalismo
Próximo artigoAborto – A gravidez como doença
Técnico de logística pela ETEC Lauro Gomes e membro "de jure" do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira

O que você achou do artigo? Ajude-nos com seu comentário!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.