Há vários meses falta na Venezuela farinha de trigo até para as religiosas que fazem as hóstias destinadas à consagração nas Missas. A crise atingiu de cheio a Semana Santa.
A falta de farinha para as hóstias é um reflexo revelador do extremo de carência em que caiu um dos países mais ricos do continente sob a ditadura socialista.
Na Casa Madre das Servas de Jesus, em Caracas, a irmã Maria Rosa explicou ao jornal“El Nacional” que a falta de farinha é no país todo, razão pela qual as paróquias do interior vão até a capital para conseguir as hóstias.
Andreína Rivas, da igreja de Montalbán, em Caracas, contou que na sua paróquia o padres “têm que dividir a Sagrada Eucaristia no momento da Comunhão para que todos os fiéis possam recebê-La”.
Também falta o vinho de Missa, indispensável para haver consagração. O Pe. Marcos Sánchez, da capela do Colégio Tirso de Molina, informou ter comprado há dois meses duas caixas desse vinho especial e que o fabricante lhe disse que era o último a ser produzido.
A Conferência Episcopal Venezuelana autorizou a importação de vinho de Missa, mas o governo multiplica os controles, restrições e desvios de alimentos importados.
Na Semana Santa venezuelana, os devotos de Jesus Nazareno costumam depositar em gesto religioso um orquídea roxa aos pés dessa imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja Paixão e Morte se comemora nesses dias.
Porém, até a prezada flor faltou nas respectivas bancas de venda. Muitos fiéis estão cultivando essa orquídea em suas casas.
A implantação do ateísmo e a generalização da miséria andam de mãos dadas, enquanto o socialismo avança rumo ao inferno cubano.