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Santos do mês de Março

1
Santo Albino, Bispo e Confessor
(+ Angers, França, 550)

Era de origem nobre e durante 35 anos governou como abade um mosteiro. Já sexagenário, foi eleito para o Bispado de Angers. Combateu corajosamente, arriscando nisso sua própria vida, um costume bárbaro muito praticado na época: o casamento incestuoso de homens com suas irmãs ou filhas. Convocou dois concílios regionais, contra esse costume condenado pela moral católica.

2
São Simplício, Papa e Confessor
(+ Roma, 488)

Foi Papa de 468 a 483 e assistiu, durante seu pontificado, à queda do Império Romano do Ocidente, acontecimento que abalou o mundo e afetou grandemente as condições de vida da Igreja. Soube conduzir com firmeza a Barca de Pedro em meio aos mares revoltosos, combatendo também com vigor o nestorianismo e o monofisitismo, duas heresias que na época ameaçavam a integridade da doutrina católica.

3
Sãos Marino e Santo Astério, Mártires
(+ Palestina, 262)

Narra o Martirológio Romano que Marino era um militar cristão que iria ser promovido ao grau de centurião. Um rival, invejoso, denunciou-o como cristão, e São Marino aceitou o martírio para não trair sua fé. Astério, senador romano que assistiu ao suplício de Marino, recolheu seu corpo com respeito e veneração, sendo por isso também condenado à morte.

4
São Casimiro, Confessor
(+ Grodno, Lituânia, 1484)

Era filho de Casimiro IV, rei da Polônia e grão-duque da Lituânia. Durante quatro anos governou, em nome do pai, o reino da Polônia. Piedoso e devoto da Virgem, fez ainda muito jovem voto de castidade, e recusou-se por isso a casar com uma princesa filha do imperador do Sacro Império. Morreu aos 23 anos, deixando fama notória de santidade.

5
São Teófilo, Bispo e Confessor
(+ Palestina, 195)

Bispo de Cesaréia, na Palestina, destacou-se pelo amor que demonstrou na defesa das tradições apostólicas em matéria litúrgica.

6
Santa Rosa de Viterbo, Virgem
(Viterbo, Itália, + 1252)

Morreu com apenas 18 anos. Sua vida é repleta de episódios maravilhosos. Com apenas 12 anos já exortava a população de Viterbo a fazer penitência e a se manter fiel à Igreja, sem dar ouvidos às heresias que se difundiam na época. Seu corpo foi preservado da corrupção após a morte, e conservou-se perfeitamente intacto até mesmo depois de um incêndio que consumiu a madeira do próprio caixão.

7
Santa Perpétua e Santa Felicidade, Mártires
(+ Cartago, 203)

Perpétua era uma nobre cartaginesa, de 22 anos, e Felicidade era uma escrava também jovem. Por serem cristãs foram aprisionadas. Perpétua levou consigo um filhinho de tenra idade, e Felicidade estava grávida e deu à luz na prisão, dois dias antes de serem martirizadas. Ambas tiveram seus nomes inscritos no Cânon da Missa.

8
São João de Deus, Confessor
(+ Granada, 1550)

Português natural do Alentejo, fundou em Granada a Ordem da Caridade, que depois ficou mais conhecida como Ordem dos Irmãos Hospitalários de São João de Deus. É patrono dos enfermeiros e dos hospitais católicos.

9
São Domingos Sávio, Confessor
(+ Riva de Chieri, Itália, 1857)

Aluno e filho espiritual de São João Bosco, morreu com apenas 15 anos de idade. Seu lema de vida era “antes morrer que peca”. É um dos patronos da juventude católica.

10
Quarenta Santos Mártires de Sebaste
(+ Armênia, 320)

Eram quarenta soldados cristãos, de várias nacionalidades, que foram presos e submetidos ao suplício de serem lançados nus, em pleno inverno, num lago semigelado. Foi um suplício lento e extremamente doloroso. A certa altura um dos supliciados resolveu renunciar a Jesus Cristo e saiu do lago, morrendo imediatamente e sem ter alcançado a palma do martírio. Um dos guardas pagãos, tocado pela graça, lançou-se ao lago proclamando que também queria ser cristão e morrer por Nosso Senhor. Ficou completo, assim, o número dos mártires.

11
Santo Eulógio, Mártir
(+ Córdoba, Espanha, 859)

Sacerdote de grande erudição e piedade, insurgiu-se contra a tendência que então manifestavam muitos católicos, chefiados pelo ímpio bispo Recaredo, de aceitarem passivamente a influência muçulmana, e conclamou os fiéis a aceitarem o martírio antes de traírem sua fé. Deu ele mesmo exemplo da doutrina que ensinava, sendo decapitado por amor a Jesus Cristo.

12
Santo Inocêncio I, Papa e Confessor
(+ 417)

Teve um pontificado de 16 anos, operoso e acidentado, durante o qual Roma foi invadida e saqueada pelos bárbaros visigodos. Santo Inocêncio teve ainda lutas acesas contra as heresias do tempo e precisou defender São João Crisóstomo, que fora injustamente despojado do Patriarcado de Constantinopla.

13
São Nicéforo, Mártir
(+ 828)

Foi Patriarca de Constantinopla e faleceu no desterro, porque defendeu o culto às imagens sagradas contra a heresia dos iconoclastas. É honrado como mártir pelo muito que sofreu, nas perseguições de que foi vítima por sua fidelidade à doutrina e ao espírito da Santa Igreja.

14
Santa Matilde, Viúva
(+ 968)

A rainha Santa Matilde, depois de viúva de Henrique, o Passarinheiro, foi despojada de seus bens pelos filhos e ficou algum tempo reclusa num mosteiro. Quando recuperou sua posição, dedicou-se a obras de caridade e fundou igrejas, mosteiros e hospitais. Praticou milagres e fez profecias. Foi avó de Hugo Capeto, primeiro monarca francês da dinastia capetíngia. De Santa Matilde descendem os reis de Portugal e a Família Imperial Brasileira.

15
São Clemente Maria Hofbauer, Confessor
(+ Viena, 1820)

Nascido na Morávia, de uma família muito pobre, teve extrema dificuldade para conseguir ordenar-se sacerdote. Entre outras atividades, trabalhou como aprendiz de padeiro, ao mesmo tempo que estudava arduamente nas horas vagas. Ordenado aos 34 anos de idade, ingressou na Congregação redentorista e desenvolveu, durante 20 anos, um fecundo apostolado missionário em Varsóvia. Transferindo-se para Viena, capital do Império, prosseguiu sua obra e se transformou no apóstolo da intelectualidade vienense.

16
São Julião de Anazarbus, Márti
(+ Cilícia, Ásia Menor, séc. IV)

Tinha 18 anos e era filho de um senador quando foi preso por ser cristão, durante o reinado de Diocleciano. Resistiu a tormentos, foi depois submetido a um período em que tentaram pervertê-lo por métodos suaves, foi depois conduzido por vilas e aldeias da região, para que todos os pagãos zombassem dele. Mas nada o demoveu de sua fidelidade a Jesus Cristo. Foi, afinal, lançado ao mar, dentro de um saco, com serpentes venenosas e escorpiões.

17
São Patrício, Bispo e Confesso
(+ Irlanda, 461)

Apóstolo da Irlanda, levou o Evangelho àquela nação, que havia retornado ao paganismo. Converteu os chefes dos clãs e, a partir deles, suas famílias. Fundou mosteiros e de tal modo intensificou o espírito católico na Irlanda que esta foi chamada “Ilha dos Santos”.

18
São Cirilo de Jerusalém, Bispo, Confessor
e Doutor da Igreja
(+ 386)

Patriarca de Jerusalém, sofreu perseguições dos hereges durante seu pontificado, sendo três vezes desterrado e passando, no total, 16 anos no exílio.

19
São José
(+ séc. I)

Príncipe da Casa Real de Davi e ao mesmo tempo humilde carpinteiro, é difícil se poder avaliar a grandeza de sua missão. É considerado o Patrono da Boa Morte porque morreu assistido pela Santíssima Virgem, sua Esposa, e pelo próprio Homem-Deus, de quem era pai adotivo. Foi também declarado Patrono da Santa Igreja.

20
São Martinho de Braga, Bispo
(+ 580)

Nascido em território que atualmente pertence à Hungria, transferiu-se para a Península Ibérica, depois de ter sido durante algum tempo monge na Terra Santa. Foi bispo de Braga, a Sé Primacial de todas as Espanhas. Era muito grande sua erudição e deixou escritos de grande valor.

21
São Nicolau de Flue, Confessor
(+ Suíça, 1487)

É o santo mais popular e conhecido da Suíça. Foi casado e teve dez filhos, um dos quais chegou a ser presidente da Confederação Helvética. Participou de uma expedição militar, lutando com a espada numa mão e o terço na outra e teve intensa participação na vida política de seu país. Chegou a recusar a chefia de Estado, que lhe foi oferecida. Tinha 50 anos quando, com o consentimento da esposa, passou a viver isolado, como contemplativo. Durante 20 anos, por um milagre espantoso, não tomou nenhum alimento que não fosse o Santíssimo Sacramento. Mesmo no recolhimento, não perdeu o interesse pela situação política de sua terra. Certa ocasião em que estava para se romper a unidade da Suíça, redigiu pessoalmente um projeto de constituição e conseguiu convencer as autoridades a manterem a unidade nacional. É por isso considerado o Pai de sua Pátria.

22
Santa Léia, Viúva
(+ Roma, 383)

Nobre romana, dirigida espiritual de São Jerônimo, que escreveu seu elogio. Depois de viúva retirou-se a um mosteiro, do qual chegou a ser superiora.

23
São Turíbio de Mogrovejo, Bispo e Confessor
(+ Peru, 1606)

Era advogado e membro destacado do Tribunal da Santa Inquisição, no sul da Espanha. Embora fosse leigo, seu conhecimento teológico e sua piedade fizeram com que fosse nomeado arcebispo de Lima, pelo Papa Gregório XIII. Recebeu as ordens menores, foi ordenado sacerdote e pouco depois recebeu a sagração episcopal. Modelo de pastor e de verdadeiro benfeitor dos índios, durante 25 anos dedicou-se incansavelmente ao apostolado no Peru.

24
Santa Catarina da Suécia, Virgem
(+ Valdstena, Suécia, 1381)

Era filha de Santa Brígida e tinha parentesco com a família real sueca. Casou com um nobre de grande virtude e, de comum acordo com ele, ambos conservaram castidade perfeita. Ficou viúva ainda jovem. Sendo de excepcional beleza, teve muita dificuldade para livrar-se dos numerosos pretendentes à sua mão. Conseguiu afinal recolher-se ao mosteiro de Valdstena, fundado por Santa Brígida, chegando a ser superiora dele.

25
Anunciação do Anjo e Encarnação do Verbo

Na humildade e no recolhimento de um lar de Nazaré se passou o mais transcendente acontecimento da História. Quando a Santíssima Virgem respondeu ao Arcanjo São Gabriel “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (São Lucas, 1,38), o próprio Verbo de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, “se fez carne e habitou entre nós” (São João, 1,14). Tinha assim início o processo de Redenção do gênero humano, o qual culminaria no Calvário, com a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

26
São Lúdgero, Bispo e Confessor
(+ Münster, Alemanha, 809)

Nascido na Frísia (atualmente, região norte da Holanda), era monge beneditino quando Carlos Magno o enviou como missionário junto aos bárbaros saxões, os quais soube atrair para a Igreja Católica. Foi o primeiro bispo de Münster.

27
São Ruperto, Bispo e Confessor
(+ 718)

Sua família tinha origem na Casa Real merovíngia. Pregou o Evangelho no vale do Danúbio. Foi o fundador da cidade de Salzburg, na Áustria, e seu primeiro bispo.

28
São Gontrão, Rei e Confessor
(+ Châlons, França, 594)

Neto de Clóvis e de Santa Clotilde, foi rei dos Francos. Embora tenha tido faltas no início de sua agitada vida, arrependeu-se, fez penitência e foi um grande monarca. Depois de muitos anos de governo, abandonou o mundo e se recolheu ao Mosteiro de Châlons, onde chegou a alcançar santidade exímia.

29
Santo Eustásio, Confessor
(+ França, 629)

Foi discípulo e sucessor de São Columbano, como abade do Mosteiro de Luxeil, no qual viviam 600 monges.

30
São João Clímaco, Confessor
(+ Monte Sinai, 605)

Era originário da Palestina. Viveu algum tempo num mosteiro situado no Monte Sinai. Depois retirou-se para a solidão, num local mais afastado situado numa extremidade do monte, e ali viveu 40 anos em oração e penitência. Contava já 75 anos quando foi convidado a retornar ao mosteiro, que necessitava de um abade. Aceitou e foi abade exemplar. A fama de sua santidade chegou a Roma, e o Papa São Gregório Magno mandou-lhe uma carta, na qual lhe pedia orações e oferecia um donativo para a hospedaria de peregrinos que São João Clímaco fundara. Escreveu o livro Escada do Paraíso, que o Martirológio Romano designa como “verdadeira suma de espiritualidade monástica”.

31
São Benjamim, Mártir
(+ Pérsia, séc. V)

Era diácono e pregava a verdadeira religião entre os adoradores do fogo que dominavam a Pérsia. Foi aprisionado e sofreu tormentos espantosos por se recusar a adorar o fogo. Afinal morreu empalado, por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Compilação do Sr. A. de França Andrade
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