A comunicação não partiu da Sala de Imprensa do Vaticano, mas do imã de Perúgia, Abdel Qader Moh’d, em entrevista à TV 2000. O Papa Francisco se encontrará depois, de 30 setembro a 2 de outubro, com ortodoxos e muçulmanos na Geórgia e no Azerbaijão, e no dia 31 de outubro em Lund, na Suécia, com luteranos para comemorar o quinto centenário da Reforma protestante. Iniciativas ecumênicas constituem a bússola do seu pontificado, que parece propor-se o objetivo de construir uma plataforma comum entre as religiões, com o risco, advertido por muitos, de esvaziar o catolicismo e incentivar a criação de uma “superreligião” sincretista.
Virá de Roma uma palavra de aprovação? Virá um aceno de apoio aos três bispos espanhóis processados criminalmente por criticarem a lei que promove a transexualidade, aprovada há pouco em Madrid? O Observatório espanhol contra a LGBTfobia denunciou ao Ministério Público o Bispo de Getafe, Dom Joaquín María López de Andújar, seu auxiliar, Dom José Rico Pavés, e o titular da Diocese de Alcalà, Dom Antonio Reig Plá, por “incitamento ao ódio e discriminação contra a comunidade homossexual”.
O Papa não tem nada que congratular-se com a Deforma Protestante. Ele tem é que lamentar e convidar os protestantes a voltarem para a única Igreja de Cristo. E, como pode ele rezar com líderes de outras religiões, sendo que cada uma delas tem seu deus particular? Esse ecumenismo sincrético está ficando perigoso para a verdadeira fé.