Leitores do site Lepanto, Salve Maria!
O debate a seguir está inserido no artigo sobre a autenticidade do Santo Sudário:
Em uma resposta rápida aos comentários de Joaquim Ferreira – que ultimamente têm sido bastante recorrentes – dirigimo-nos a ele diretamente.
Preferimos agora nos dirigir não mais a ele, mas sim a todos os leitores do nosso site. Assim, evitamos um viés simplesmente pessoal no debate. Nosso objetivo não é ficar em discussões prolongadas com opositores, sobretudo, com aqueles que querem apenas manter suas posições.
Procuramos, antes de tudo, trazer assuntos e esclarecimentos de dúvidas de católicos, ou aos interessados, normalmente esquecidos em outros meios.
A refutação completa exige estudo e pesquisa em terrenos, no mínimo, históricos, filosóficos, psicológicos e teológicos. Um tempo muito precioso para ser despendido com fito único de demonstrar o erro do contendor. E depois desse árduo esforço, oh! mon Dieu!, o rival apenas se encarniçará mais na sua posição. Dificilmente, admitirá o seu erro.
A argumentação a seguir, portanto, não é feita para convencer o opositor, mas para ser apreciada pelo leitor imparcial, que poderá verificar qual é a posição mais razoável.
Nesse sentido, o debate e a refutação podem trazer frutos compensatórios.
Além disso, há outro objetivo nosso: alertar os leitores de que as ideias contidas nos comentários de Joaquim Ferreira não estão de acordo com a doutrina católica.
Antes de entrarmos no cerne da discussão, queremos trazer à baila algumas curiosas inferências de Joaquim Ferreira. Atente o leitor para os destaques que acrescentamos aos comentários.
Joaquim Ferreira disse:
13 de novembro de 2016 às 8:11
Em relação ao sudário, devemos ser claros. Embora as chagas observadas no lençol coincidam com o que é descrito nos evangelhos canónicos, não podemos omitir que no tempo de Jesus e posteriormente (guerra judaica), foram crucificados milhares de homens. O sudário pode ser de outra pessoa qualquer. No entanto, existe uma particularidade que me faz acreditar que este sudário envolveu Jesus: a coroa de espinhos, dado o tipo de ferimentos observados na cabeça. A coroa só se coloca a quem? A quem é considerado rei. Neste caso, “Rei dos judeus”, como o consideraram, no gozo, os soldados romanos.
Vemos, então, que Joaquim Ferreira acredita “que este sudário envolveu Jesus”. Ao menos, era esta a sua posição no dia do comentário, 13 de novembro de 2016.
Mas em 15 de novembro, portanto, dois dias depois, sua posição, parece, mudou:
Joaquim Ferreira disse:
15 de novembro de 2016 às 18:25
O lençol de linho que envolveu Jesus no sepulcro, jamais poderia ser o mesmo que o envolveu quando retirado da cruz. Se fosse o mesmo, ficaria impresso um enorme borrão de sangue e nunca a imagem verificada.
Então, primeiro Joaquim diz “acreditar que este sudário envolveu Jesus”. Depois, “jamais poderia ser o mesmo que o envolveu quando retirado da cruz”.
Vamos dar o benefício da dúvida ao Joaquim. Talvez o que ele disse não seja uma contradição. Talvez seja apenas uma mudança de posicionamento legítima depois de alguns estudos feitos por ele sobre o Sudário.
Outra interpretação das palavras do Joaquim seria: ele acha que houve DOIS sudários que envolveram o corpo de Nosso Senhor.
Mas aí um problema se ergue. Se Joaquim Ferreira fez alguns estudos sobre o Sudário e mudou de posição, ele já deveria saber:
1 – que NÃO houve DOIS sudários, em dois momentos diferentes;
2- que há explicação científica comprovada de como o mesmo sudário que envolveu Nosso Senhor depois da crucifixão não tinha “um enorme borrão de sangue”, para usar as palavras do Joaquim.
Aliás, a expressão “um enorme borrão de sangue” é precipitada e denuncia a falta de informação do contendor Joaquim Ferreira.
A propósito, citamos a título de complemento ao já transcrito no nosso artigo o que concluíram os professores John Heller e Alan Adler e que nenhum cientista ousaria contestar: “a presença de sangue, sangue humano, e do tipo AB, venoso e arterial no Santo Sudário, coagulado, proveniente do corpo ainda vivo, e não coagulado, o do tórax, resultante da lançada”. (Cfr. O auto-retrato de Jesus, a autenticidade intrínseca do Santíssimo Sudário; Eurípedes Cardoso de Menezes, pág. 31).
Quanto à intrigante insinuação de dois sudários – um de logo após a crucifixão e outro do sepultamento – aconselhamos ao contendor “informar-se sobre isso”: Nosso Senhor teve de ser retirado da cruz e sepultado às pressas, numa quase como que correria. Tudo porque o descanso sabático dos judeus se inicia às seis horas da tarde de sexta-feira.
Quase não houve tempo para preparar o corpo de Nosso Senhor. Essa “correria” salvou os dados que temos hoje no sudário, os quais surpreendem a todos.
Isso vai de encontro ao especulado segundo sudário do Joaquim.
Ademais. Não há razão nenhuma para levantar a hipótese de 2 sudários. Mesmo que isso fosse verdade, não estaria invalidado o sudário que temos atualmente, de onde se tiram, apenas dele, todos os incríveis dados científicos já constatados, à outrance.
Agora vamos ao ponto principal do debate com Joaquim Ferreira.
De início, mencionamos que alguns das ideias de Joaquim Ferreira eram contrárias à sã doutrina católica. Isso suscitou uma contra resposta dele. Aí vai a conversa na íntegra: comentário do Joaquim, réplica nossa e tréplica dele:
Joaquim Ferreira disse:
5 de novembro de 2016 às 20:45
Na minha opinião, após a morte de Jesus, este foi colocado no sepulcro sobre uma pedra plana com o sudário a cobri-lo conforme se verifica na imagem reproduzida. Jesus, dado o seu grau de perfeição, atingiu o estado de “CORPO DE ARCO-ÍRIS”, que consiste na emissão de luz intensa quando o corpo falecido se desmaterializa totalmente. Esta luz emitida, contribuiu para a impressão tridimensional verificada no sudário. O nosso AMADO JESUS DE NAZARÉ, disse estas palavras extraordinárias: Se fizerdes as obras da verdade, conhecereis o mistério que vos há-de libertar”. Obviamente a passagem de corpo físico a corpo espiritual. Esta é libertaç
Equipe Lepanto disse:
8 de novembro de 2016 às 12:21
Joaquim Ferreira, Salve Maria!
No seu comentário, as expressões “Corpo de Arco-Íris” e “desmaterialização” parecem não estar de acordo com a sã teologia e filosofia católica.
De onde você as tirou? Elas trazem a inevitável impressão de um sentido gnóstico!
Filosoficamente, por exemplo, e simplificando ao máximo o assunto, a expressão “corpo desmaterializado” é uma contradição. Pois, corpo é o que ocupa algum espaço “material”, corpo sem matéria é impossível.
Não confundir isso com a expressão consagrada na teologia católica: “corpo glorioso”. Neste caso, o corpo “material” adquire características sobrenaturais.
Se quiser manter o assunto, aconselhamos uma boa obra de teologia católica para fundamentar suas ideias e assim evitar mal entendidos aos leitores de nosso site.
Equipe Lepanto.
Joaquim Ferreira disse:
10 de novembro de 2016 às 12:33
Agradeço o facto de terem publicado a minha opinião e respeito a vossa discordância; mas,em 1952, Timor Leste, um monge tibetano, alguns dias após a sua morte, transformou-se em luz que irradiou por todo o compartimento do quarto onde se encontrava alastrando-se a outros setores. Foi presenciado por diversas testemunhas. Apenas foram encontrados cabelos e as unhas. Este acontecimento, é o “corpo de arco-íris” que só acontece a quem tenha atingido um grande grau de perfeição. Informem-se sobre isto. Atenção: sou cristão e não budista.
Muito bem. Agora vai a nossa resposta à tréplica do Joaquim.
Antes de tudo, convém assinalar que o nosso debatedor não nega que “corpo de arco-iris” e “desmaterialização” sejam expressões contrárias, em princípio, à doutrina católica tradicional.
Como não foi negada pelo adversário, a nossa afirmação permanece de pé: “Elas (aquelas expressões) trazem a inevitável impressão de um sentido gnóstico!”.
Portanto, expressões gnósticas. As mesmas são normalmente injetadas das mais variadas formas no budismo, “encarnacionismo”, espiritismo, “trans-migracionismo”, etc. O budismo tibetano é o que está na vanguarda, digamos, do tema.
São fundamentalmente contrárias à doutrina católica. Daí a nossa preocupação em alertar nossos leitores sobre os perigos de tais expressões. Somos um site católico e temos por consciência de demonstrar o nosso desacordo com posicionamentos contrários à doutrina católica.
Consequência, são expressões contrárias à doutrina católica, também são contrárias a Nosso Senhor Jesus Cristo e uma injúria à sua gloriosa Ressureição.
A tentativa de aproximação entre a gnose budista e Nosso Senhor é invariavelmente levantada pelos hipnotizados com as loucuras do “nirvana niilista”, para dar algum crédito aos fracos alicerces das religiões orientais, mais ou menos fantasiosas e fetichistas. Tal aproximação é ridícula, absurda e injuriosa.
Se o nosso contendor Joaquim quiser “informar-se sobre isso”, ou seja, sobre a raiz da pretensa semelhança entre budismo e cristianismo, aconselho o interessante artigo:
http://www.newadvent.org/cathen/03028b.htm
Além do mais, já que o nosso debatedor diz para “informarmo-nos”, sugiro que ele “informe-se” melhor sobre o tal “monge tibetano” que “em 1952, Timor Leste, alguns dias após a sua morte, transformou-se em luz”.
Ao que tudo indica, o tal monge supostamente se “tornou arco-iris” não no Timor Leste, mas sim no Tibete Oriental. Nosso contendor escorregou numa simples informação truncada talvez, talvez… de tradutores online: Eastern Tibet é muito semelhante a Timor Leste.
Não é de se estranhar! As informações truncadas são o terreno comum quando o assunto é monges tibetanos perdidos na neve e que se “desmaterializam em luz”!
Mas houve outro monge tibetano sim, pode vir a dizer o Joaquim, que se transformou em arco-iris no Timor Leste. Pode ser… e com tantos monges tibetanos virando luz, não será difícil encontrar outros “sudários” por aí com evidências tão claras quanto as encontradas no de Turim dos chamados “corpos de arco-iris”.
Onde estão os tais “sudários”? Ou melhor, onde estão os trapos desses monges miserabilistas luminescentes, com ao menos algum diagnóstico similar ao do Santo Sudário.
Aguardamos a resposta do Joaquim…
Enfim, isso tudo apenas denota a fraqueza inicial e a loucura final da alcunhada “libertação budista”.
Curiosamente, a última frase do Joaquim é muito esclarecedora: “Sou cristão, não budista”. Trata-se, no fundo, de uma precaução suspeita. Se não houvesse perigo de confusão entre budismo e cristianismo, não haveria necessidade desta prevenção.
Mas o próprio Joaquim Ferreira intui a confusão e por isso deixa a preventiva postada. Intui, outrossim, a contradição ululante entre Nosso Senhor Jesus Cristo e “corpo de arco-iris”, “desmaterialização”,… “transmigração”, “nirvana”, etc.
Esperamos com essa resposta que nossos leitores fiquem avisados quanto aos erros do Joaquim e que este não persista mais em tentar utilizar nossa página para propagar suas doutrinas perniciosas à fé católica.
Que Nossa Senhora, Sede da Sabedoria, ajude a todos nós à permanecermos fiéis aos verdadeiros ensinamentos do Divino Filho dEla.
Equipe Lepanto
Li atentamente o artigo Debate sobre o Santo Sudário nesta madrugada, 01-12-2o16, e fiquei extremamente gratificado com os esclarecimentos que Nossa Senhora Sede da Sabedoria lhes favoreça com Suas luzes.Amém.