Os medievais faziam muito iluminuras, quer dizer, pequenos desenhos que ilustravam as páginas de seus livros.
Pois os livros eram escritos à mão até o momento em que Gutenberg inventou a tipografia.
Na foto ao lado encontramos uma cena da vida campestre pintada por um medieval.
Acontece num dia do inverno europeu, portanto com muita neve.
Mas o frio não parece incomodá-los quase. Eles estão cheios de saúde e vigor. Todos eles estão trabalhando, indo ou voltando da igreja, e mostram enorme vitalidade.
O homem corta a lenha com ânimo e decisão. Ele está vestido com roupas populares, mas grossas e bem adaptadas ao corpo e ao trabalho.
A mulher recolhe os gravetos para alimentar a lareira. Também ela tem roupas abundantes, coloridas, sem sinais de remendos e pouco se importa com o frio.
Basta ver o interior da casa. A mãe abraça a criancinha junto a um fogo intenso e aconchegante.
O prato está cheio com um frango ou um pernil. Também ela está vestida com fartura e dignidade.
Na porta do estábulo aparece uma outra figura feminina tomando conta de um boi.
O boi ele próprio está protegido das inclemências do tempo.
A casa parece de conto de Hansel e Gretel, mas eram de fato assim. No telhado aparece uma simpática janelinha que é um sorriso.
No fundo percebem-se pessoas indo e voltando da igreja. Não há trânsito nem engarrafamentos, as pessoas andam, se encontram, conversam na maior despreocupação e amizade.
Não há grades nem sistemas de vigilâncias contra roubos ou bandidos.
A igrejinha é digna, nobre, elevada, acolhedora e freqüentada.
Ao longe um homem se afasta num cavalo. Estará voltando a alguma cidadinha vizinha?
Será um guarda-bosque? Ou é o nobre do local que vai a procura de algum animal daninho?
Ou, mais simplesmente, é o nobre fazendo sua ronda habitual para garantir que tudo transcorre na perfeita paz?
Pois, se há algo que domina o ambiente é a sensação de paz.
Da verdadeira paz que é a tranqüilidade na ordem.