Recentemente fomos surpreendidos pelas declarações do Presidente Norte-americano Barack Obama, que comparava o Estado Islâmico com as Cruzadas medievais. Certamente desconhece o senhor presidente que as Cruzadas foram ações católicas em defesa da cristandade e do patrimônio cristão presente em Jerusalém. Foi uma ação em defesa dos peregrinos que eram saqueados e mortos pelos muçulmanos. É incabível contextualizar a história com um olhar de presentismo. Há um conjunto de fatores que esclarecem ou permitem uma reflexão de atos de antanho. Os cristãos sempre se uniram em ações conjuntas ao tratarem de interesses comuns; creio ser este um momento oportuno.
Não compare senhor presidente homens cruéis e sanguinários e homens dotados de espírito de vingança, com pessoas de coração pacífico. A vossa aparente insipiência fere a honra dos cristãos. Há extremistas que mancham a terra virgem com sangue inocente. Como acompanhamos há dias atrás, assassinato de 21 cristãos cismáticos. E quantos outros fatos nos são de conhecimento como crucifixão, decapitação, ações terroristas e cárcere de cristãos. Além de ter sido descoberto – fato recente noticiado pela mídia – um plano para invadir o Estado do Vaticano e um possível atentado contra o Papa. Fazendo com que a guarda suíça redobre sua atenção e católicos fervorosos redobrem suas orações.
Convocar uma Cruzada pode causar arrepio a muitos e pode soar como antiquado e ultrapassado a outros. Mas, há que se compreender que esta deve ser uma ação espiritual-defensiva. Pois, ou tomamos partido nesta “guerra” ou seremos sufragados pelo levante dos extremistas jihadistas islâmicos. Que a cada dia conquista novos adeptos e domina o ocidente cristão, com suas ideologias e fanatismos. Quando penso em uma nova Cruzada: A Cruzada do Século XXI, não anseio, por um banho de sangue ou mesmo uma guerra. Pelo contrário! Pois não se paga o mal com o mal; pois quem assim o faz iguala-se, e isso nós não queremos.
Que a Cruzada do século XXI seja uma ação mundial conjunta, ordeira e pacífica. Por meios legais, sem ultrajar a soberania dos países. Mas, que iniba o levante do Estado Islâmico que deseja exterminar nossa cultura ocidental cristã. Ainda que não houvesse iniciativas contra o Brasil, mas sendo a nossa Pátria um país diplomático este deve concorrer para o apaziguamento e a pacificação mundial. Pois, sendo Terra de Santa Cruz, deve impunha-la e convocar a todos os seus: Erguei-vos filhos amados! Esta nova cruzada não pertence mais ao Velho Mundo, mas sim ao Novo Mundo. Aos homens e mulheres bravios que desejam um futuro seguro aos seus filhos.
(*) Prof. André Luiz, 27, é filósofo, pedagogo e escritor. Mineiro, atualmente reside em Sorocaba/SP.