Santos do mês de Janeiro

1
1
Bem-aventurada Virgem Maria,
Mãe de Deus

Antigamente, nesta data se celebrava a Circuncisão do Menino Jesus. Atualmente, nela se celebra a Santíssima Virgem, que o Concílio de Éfeso (ano 431) proclamou “Theotókos” (Mãe de Deus).

2
São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno,
Bispos, Confessores e Doutores da Igreja
(+ 379 e + 390)

Os dois Santos celebrados conjuntamente pela Igreja foram amigos e seguiram carreiras paralelas. Ambos provinham de famílias de santos, ambos foram monges, bispos e lutaram contra o arianismo, a grande heresia da época. São Basílio era neto de Santa Macrina, filho de Santa Emélia e irmão de São Gregório de Nissa, de São Pedro de Sebaste e de outra Santa Macrina. Foi bispo de Cesaréia e escreveu a célebre Regra dos Monges do Oriente. São Gregório Nazianzeno era filho de São Gregório, o Velho e de Santa Nona, e irmão de Santa Gorgônia. Como Patriarca de Constantinopla, presidiu ao primeiro Concílio de Constantinopla, que definiu solenemente a Divindade do Espírito Santo. Foi perseguido pelos hereges arianos, que o forçaram a deixar sua cátedra, retornando então à vida de monge.

 3
Santa Genoveva, Virgem
(+ Paris, 512)

Consagrou sua virgindade a Deus desde jovem, e levou vida de penitência e oração até os 89 anos de idade, quando faleceu. É protetora da cidade de Paris, que salvou da invasão dos bárbaros hunos, chefiados por Átila.

4
Santa Ângela de Foligno, Viúva

(+ Itália, 1309)

De família abastada, foi casada e teve vários filhos. Entregou-se às vaidades do mundo até que, ficando viúva e tendo perdido sucessivamente os filhos, converteu-se, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco e passou a levar vida de penitência. É considerada uma das maiores místicas da História da Igreja.

5
São Simeão Estilita, Confessor
(+ Síria, 459)

Praticou penitências espantosas, daquelas que a Igreja propõe mais à admiração do que à imitação dos fiéis. Desejoso de entregar-se ao isolamento e à oração, construiu uma coluna de 28 metros de altura, no topo da qual se refugiou. Daquele lugar insólito pregava, convertia pecadores e dava orientação a pessoas que de muito longe iam procurar seus conselhos, inclusive imperadores e reis.

6
Epifania do Senhor, ou Santos Reis Magos

Epifania, em grego, significa manifestação. Neste dia a Igreja celebra a festa da Epifania, ou seja, a visita dos Magos que foram adorar o Menino Jesus. Essa visita simboliza a manifestação de Nosso Senhor não somente aos judeus, mas a todas as nações da Terra.

7
São Raimundo de Penhaforte, Confessor
(+ Espanha, 1275)

De nobre família catalã, foi muito reputado pelosconhecimentos de Direito Canônico e se celebrizou pela santidade e pelos milagres que praticava. Fundou com São Pedro Nolasco a Ordem das Mercês, para a libertação dos cativos. Ingressou na Ordem dominicana, da qual foi o terceiro Geral. Grande amigo de São Tomás de Aquino, pediu a este que escrevesse a “Suma contra os Gentios” e colaborou com seus estudos. Morreu aos 100 anos de idade.

8
São Pedro Tomás, Bispo e Mártir
(+ Chipre, 1366)

Nascido na França, foi carmelita e se destacou como diplomata a serviço do Papado, sendo encarregado de difíceis negociações em vários países. Foi nomeado Legado Papal para todo o Oriente e, nessa condição, chefiou uma Cruzada que partiu de Chipre e atacou os muçulmanos em Alexandria. Durante o combate, conservou-se com a Cruz elevada, no meio dos que lutavam, e recebeu ferimentos em conseqüência dos quais faleceu alguns meses depois. Foi um dos mais ardorosos defensores da Imaculada Conceição de Maria Santíssima.

9
Santo André Corsini, Bispo e Confessor
(+ Fiésole, 1373)

Também foi carmelita e contemporâneo do anterior. Provinha de uma família das mais ilustres de Florença. Teve inicialmente vida dissipada e censurável, mas converteu-se e ingressou na Ordem do Carmo, onde praticou penitências heróicas. Mais tarde foi eleito bispo de Fiésole, falecendo com fama de eminente santidade.

10
São Guilherme de Bourges, Bispo e Confessor
(+ 1209)

Descendia da família dos Condes de Nevers. Amando a solidão, ingressou na Ordem de Cister. Designado bispo de Bourges, na França, destacou-se pela caridade para com os pobres e foi de todos os pontos de vista um modelo de pastor. Dispunha-se a ir combater os hereges albigenses quando faleceu. Tão notória era sua santidade que nove anos depois da morte já foi canonizado.

11
São Teodósio, o Cenobita, Confesso
(+ Palestina, 529)

Era natural da Capadócia. Retirou-se para um deserto perto de Belém, na Terra Santa, para ali viver recolhido. Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele, num mosteiro cenobítico. Edificou três hospitais e quatro igrejas. Faleceu aos 105 anos de idade.

12
São João de Ravena, Bispo e Confesso
(+ Itália, 494)

Era bispo de Ravena quando, por ocasião de uma invasão bárbara, afastou-se do continente com numerosos fugitivos. É considerado um dos fundadores da cidade de Veneza.

13
Santo Hilário de Poitiers, Bispo, Confessor
e Doutor da Igreja
(+ 367)

Lutou tenazmente contra os hereges arianos, que negavam a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi por isso chamado “o Atanásio do Ocidente”. Como Santo Atanásio foi perseguido e exilado. Escreveu numerosos livros sobre a Santíssima Trindade.

14
São Félix de Nola, Confessor
(+ 256)

De origem síria, era sacerdote. Aprisionado por ocasião das perseguições de Décio e Valeriano, sofreu com inquebrantável firmeza diversos suplícios, até que foi libertado do cárcere por um Anjo. Mais tarde, recusou por humildade o Bispado de Nola. Embora não tenha sido morto por ódio à fé, é chamado de mártir pelo muito que sofreu por amor a Jesus Cristo.

15
São Mauro, Confessor
(+ Subiaco, 584)

São Mauro, mais conhecido na tradição luso-brasileira como Santo Amaro, tinha apenas 12 anos quando seu pai, um senador romano, o entregou a São Bento para ser educado no temor de Deus. Era considerado um perfeito discípulo de seu mestre e, sendo ainda muito jovem, recebeu dele encargos de grande responsabilidade. Certa ocasião caminhou sobre as águas para salvar o menino São Plácido, que estava se afogando.

16
São Marcelo I, Papa e Mártir
(+ Roma, 309)

Dedicou-se à reorganização da Igreja após a terrível perseguição de Diocleciano. Foi exilado pelo imperador Maxêncio e obrigado a trabalhar como escravo em sua própria igreja, a qual fora transformada em estábulo. Morreu em conseqüência dos maus tratos recebidos.

17
Santo Antão Abade, Confessor
(+ Egito, 356)

Também conhecido como Santo Antônio do Deserto. Aos 20 anos distribuiu aos pobres toda a sua fortuna e foi entregar-se à oração e à penitência no deserto, onde sofreu rudes ataques do demônio. Reuniu numerosos discípulos e foi chamado “Pai dos monges cristãos”. Faleceu aos 105 anos de idade.

18
Santa Prisca (ou Priscila), Virgem e Mártir
(+ Roma, Séc. I)

Segundo alguns autores, tinha apenas 13 anos quando São Pedro a batizou, em Roma. Sofreu pouco depois o martírio, por não ter sacrificado aos deuses pagãos. É considerada a primeira mártir do Ocidente.

19
São Canuto IV, Rei e Confessor
(+ Dinamarca, 1086)

Rei da Dinamarca e grande devoto de Nossa Senhora. Depois de ter levado uma vida exemplar, foi assassinado por súditos revoltados porque instituíra um imposto em proveito de obras de caridade.

20
São Sebastião, Mártir
(+ Roma, 288)

Era oficial da guarda pretoriana do imperador Diocleciano. Denunciado como cristão, foi condenado pelo imperador a ser atravessado por flechas. Milagrosamente curado das flechadas, reapresentou-se com coragem diante do tirano e increpou-o por sua impiedade. Foi então surrado até à morte, no circo de Roma. É padroeiro da cidade do Rio de Janeiro.

21
Santa Inês, Virgem e Mártir
(+ Roma, 304)

A fortaleza e a pureza de Santa Inês fizeram dela uma das santas mais conhecidas e admiradas do martirológio cristão. Tinha somente 13 anos e sofreu os mais cruéis tormentos para preservar a fé e a virgindade, sendo afinal decapitada.

22
São Vicente Palloti, Confessor
(+ Roma, 1850)

Sacerdote, confessor e exorcista, já no seu tempo compreendeu a necessidade de empenhar no apostolado os leigos católicos. Fundou a Sociedade do Apostolado Católico.

23
Santo Ildefonso, Bispo e Confessor
(+ Toledo, 667)

Pertencia a uma família de sangue real. Aplicou sua imensa fortuna na edificação de um mosteiro para religiosas. Foi monge e mais tarde bispo de Toledo. Escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto.

24
São Francisco de Sales, Bispo,
Confessor e Doutor da Igreja
(+ Lyon, 1622)

Bispo de Genebra, enfrentou vitoriosamente, em controvérsias públicas, os mais reputados teólogos protestantes. Pela pregação, pelos escritos e pelo aconselhamento espiritual realizou prodígios de apostolado. Escreveu diversas obras de espiritualidade. Fundou, com Santa Joana de Chantal, a Ordem das Visitandinas. É padroeiro dos jornalistas católicos.

25
Conversão de São Paulo Apóstolo
(séc. I)

Seis anos após a Ascensão de Nosso Senhor, o grande chefe e articulador da perseguição contra a Igreja era o fariseu Saulo de Tarso. Inesperadamente derrubado do cavalo, apareceu-lhe Jesus Cristo e perguntou: — “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” Ao levantar-se, repentinamente transformado pela graça, tinha início a obra extraordinária do grande São Paulo, que escreveu Epístolas inspiradas e levou a Fé católica a toda a bacia do Mediterrâneo. A Cidade e o Estado de São Paulo o têm como especial protetor.

26
São Timóteo, Mártir, e São Tito, Confessor
(+ Ásia Menor, séc. I)

São Timóteo foi batizado pelo Apóstolo São Paulo, que lhe escreveu duas Epístolas na qual o chama discípulo caríssimo, amado filho e irmão. Acompanhou São Paulo em suas viagens apostólicas. Foi o primeiro bispo de Éfeso e morreu apedrejado e espancado por pagãos. São Tito, também convertido por São Paulo, acompanhou-o em algumas viagens e realizou missões delicadas em Corinto. Feito mais tarde bispo de Creta, ali morreu.

27
Santa Ângela de Mérici, Virgem

(+ Bréscia, 1540)

Compreendendo todos os males que a Renascença pagã fazia às famílias católicas, fundou a congregação das Irmãs Ursulinas, que se dedicariam à educação das jovens com vistas a fazer delas mães de família verdadeiramente cristãs.

28
Santo Tomás de Aquino, Confessor
e Doutor da Igreja
(+ Fossa Nuova, 1274)

Sacerdote dominicano, foi inicialmente discípulo de Santo Alberto Magno, passando depois a lecionar na Universidade de Paris. Escreveu mais de cem obras, entre as quais se destacam a “Suma contra os gentios” e a “Suma Teológica” . Foi chamado “Doutor Angélico” e “Doutor Comum”. Sua autoridade é, de certa forma, única entre os teólogos católicos. Durante o Concílio de Trento, a “Suma Teológica” foi colocada sobre o altar, ao lado das Sagradas Escrituras, para indicar que era à luz da doutrina tomista que se deveria interpretar a Palavra de Deus.

29
São Gildas, o Sábio, Confessor
(+ 570)

Sacerdote natural da Escócia e possuidor de grande cultura, trabalhou arduamente na Irlanda, na Inglaterra e na Bretanha, convertendo pecadores e reformando mosteiros.

 30
Santa Jacinta Mariscotti, Virgem
(+ Viterbo, 1640)

Religiosa franciscana, durante dez anos não deu bom exemplo a suas irmãs de hábito, pois não quis observar o espírito de pobreza e viveu num quarto decorado com luxo. Quando adoeceu gravemente, desejou confessar-se, mas o capelão do convento se recusou a atendê-la naquele quarto, dizendo que o Céu não fora feito para pessoas orgulhosas e frívolas como ela. Dando-se conta do escândalo que causara, Jacinta arrependeu-se sinceramente e pediu perdão a toda a comunidade, passando a partir daí a ser exemplo heróico de mortificação e pobreza, até atingir os cumes da mais alta santidade.

31
São João Bosco, Confessor
(+ Turim, 1888)

Sacerdote italiano dotado de carismas extraordinários,desenvolveu um sistema pedagógico inovador e conseguiu reunir em torno de si um prodigioso movimento de apostolado. Tinha freqüentes sonhos de caráter sobrenatural, nos quais recebia luzes sobre o estado de alma de seus alunos e sobre acontecimentos do seu tempo e futuros. Embora sem recursos econômicos, com força de vontade e sobretudo com uma inabalável confiança em Maria Auxiliadora, conseguiu executar projetos apostólicos grandiosos em várias nações. Fundou duas congregações religiosas e um grande número de colégios para a educação de meninos pobres. Foi apóstolo da boa imprensa, não somente escrevendo muitos livros e artigos, mas chegando a constituir uma editora pujante e até a fundar uma fábrica de papel. Exerceu enorme influência na vida social e política da época.

Compilação do Sr. A. de França Andrade
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